Ana Hickmann além de recordar o dia em que foi agredida pelo ex-marido, Alexandre Correa, e as humilhações da parte dele, revelou que seu pai, João, agredia sua mãe e que uma cicatriz que tem na mão direita é de responsabilidade dele. As fortes declarações foram dadas ao "Domingo Espetacular" deste final de semana (26), onde fez ainda sérias acusações contra Alexandre em relação ao rombo milionário da empresa deles.
Em entrevista a Carolina Ferraz, Ana explicou que o passado agressor do pai, morto em janeiro de 2019, a fez evitar fotos com ele depois que ficou famosa. "Meu pai bateu muito na minha mãe. Eu carreguei a minha mãe algumas vezes para o hospital. Nenhum homem me tocaria para fazer isso. Eu me permiti ser ferida e abusada de outra forma", afirmou.
Ao programa da Record, Ana Hickmann recordou o dia no qual, aos 13 anos, decidiu sair de casa levando consigo os irmãos. "Fiz a mochila para meus irmãos e fui para a casa da minha avó com meus irmãos. Peguei todo mundo e fui embora, falei que não ia mais voltar para casa porque a gente não mais passar por aquilo. Foi ali que ela tomou coragem e tirou ela de casa, mas a violência não parou", prosseguiu a modelo, que ganhou uma ajuda improvável ao ser agredida por Alexandre.
A apresentadora contou ainda que a estabilidade financeira conseguida pelo pai fez a situação piorar ainda mais. "Por qualquer coisa ele espancava a minha mãe, quebrava tudo dentro de casa, a minha mãe descobriu traições, muitas. Ele torturava a gente psicologicamente dentro de casa", continuou exibindo uma cicatriz na palma da mão.
"Ele voou para cima da minha mãe com um pedaço de sofá que arrancou, abriu a cabeça dela inteira, e eu voei para cima dele, eu tinha 12 anos, e ele me arremessou. Ele era um cara grande e forte. Do jeito que eu cai em cima da mesa da cozinha, onde estavam pratos, copos...aquilo estilhaçou comigo em cima", relatou.
"Foi a mão de Deus que não me deixou cortar inteira. A única coisa que cortou foi a minha mão toda. Ele só parou de bater na minha mãe quando me viu sangrando. Lembro até hoje ele chorando e perguntando 'o que eu fiz?'. Esse foi o motivo de eu ter saído tão cedo de casa. Precisava ajudar a minha mãe", reforçou.