Ana Hickmann ainda está bastante abalada por causa do atentado que sofreu neste sábado (21) em um hotel em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em entrevista ao "Domingo Espetacular", da Record, a apresentadora revelou que desmaiou ao ouvir de Rodrigo Augusto de Pádua, que era seu fã, que mataria ela e seus cunhados, Giovana e Gustavo. Ela conta que a bala disparada pelo rapaz - e que acertou sua cunhada - passou muito perto de sua cabeça.
A loira estava hospedada no quarto 902 do hotel Caesar Business, no bairro Belvedere, na zona sul de Belo Horizonte, enquanto Rodrigo já estava no local há dois dias, no apartamento 305. O rapaz invadiu o quarto onde Ana Hickmann estava com os familiares e fez ameaças contra a vida deles. Na entrevista, ela contou que tudo começou quando o cabeleireiro que ela contratou, Júlio Figueiredo, chegou ao hotel e Gustavo deixou o quarto para levar um material à recepção.
"Meu cunhado saiu e eu fechei a porta. Em questão de segundos, alguém bateu na porta. Quando abri, era o Gustavo dizendo 'Ana, entra. Tem um cara atrás de mim e ele está com uma arma'. Quando o Gustavo entrou, o Rodrigo apontou a arma diretamente pra mim. Ele dizia: 'Eu vim me acertar com você, sua vagabunda'", contou a apresentadora, bastante abalada.
Ana conta que acreditava que o fã era um assaltante: "Eu estava esperando outras pessoas entrarem e roubarem nossos pertences. Achei que era um arrastão. Eu estava pronta para mandar ele levar tudo. Celular, computador... Mas ele começou a me ofender, a me humilhar. Falava que me conhecia, que eu sabia quem ele era e que eu tinha acabado com a vida dele. Isso com a arma o tempo todo apontada pra mim. Pela primeira vez eu senti medo e tive certeza de que eu ia morrer". Segundo a apresentadora, Rodrigo usava de palavras baixas para ofendê-la. "Eu tentava explicar pra ele que eu não o conhecia, que eu tenho problema de memória, mas não adiantava. Ele falava: 'Você sabe, sua piranha. Você sabe quem eu sou. Confessa pra eles o que a gente teve. Único jeito de você sair viva daqui é confessando", relembrou Ana, não segurando o choro.
Apresentadora falou do filho para acalmar fã
Ela ainda falou de Alexandre Jr, de 2 anos, para tentar sensibilizar Rodrigo: "'Pelo amor de Deus, eu tenho filho pequeno', eu falava, mas ele me respondeu: 'O Alexandre ele é um anjo, mas você é uma piranha'. Com a arma sempre apontada na minha direção". Ana Hickmann conta que, neste momento, estava sentada de costas para o homem, na beirada da cama, entre Gustavo e Giovana. "Eu e meu cunhado tentávamos conversar com ele o tempo todo. Nos virávamos pra falar com ele, mas minha cunhada ficou rezando o tempo todo, pedindo para que nada acontecesse conosco", contou.
Foi neste momento que Rodrigo atirou duas vezes contra a apresentadora: "Eu fiquei muito nervosa e não tinha mais argumentos para falar com ele. Na última vez que eu olhei, ele apontou o (revólver) 38 na altura da minha cabeça. Eu perdi o controle do meu corpo e caí no colo da minha cunhada. Durou poucos segundos. Eu levantei com um estrondo e com o rosto quente. A bala passou ao lado da minha cabeça. Tenho certeza que minha cunhada jogou o corpo em cima de mim para me proteger".
"Quando eu olhei ao redor, vi minha cunhada correndo e meu cunhado em cima do rapaz. Eu e a Giovana levantamos e fomos correndo para o corredor. Foi quando vi o Júlio e um funcionário do hotel, que me chamaram para sair do andar. Acho que fui mais rápida que minha cunhada e perdi ela de vista. O funcionária me levou pra um quarto do oitavo andar e lá eu fiquei por horas, sem saber o que havia acontecido. Não sei o que foi pior: ficar na mira do revólver ou esperar pela pior notícia da minha vida, de que minha família havia sido dilacerada", desabafou Ana Hickmann, aos prantos.
Ana Hickmann bloqueou rapaz no Instagram meses atrás
Ao relembrar o ocorrido, a apresentadora credita o livramento do atentado a Deus e às pessoas que estavam com ela: "Fui salva pelo meu cunhado e por quem estava ao meu redor. Tenho certeza que tem alguém lá em cima que me ama muito. Se não fosse por isso, meu marido não teria me buscado. Ele teria buscado três corpos no IML pra enterrar aqui".
Ana conta que, na manhã deste domingo, reconheceu uma foto de Rodrigo e lembrou que o havia bloqueado há alguns meses. "Eu falei para o meu marido: 'Preciso saber quem é esse rapaz'. Eu olhava as fotos do perfil e não lembrava. Foi quando vi uma foto dele e lembrei que eu o havia bloqueado no Instagram", contou. "Lembro que falei com minhas secretárias que ele havia escrito pornografias e que eu estava com medo", declarou.
Sobre o futuro, Ana Hickmann conta que só deseja ver seus familiares novamente reunidos. "Quero ver minha família toda de volta aqui em casa. Bem, sã, inteira. Foi por amor de família que e gente pôde estar junto", afirmou. Mesmo abalada com a situação, ela conta que não vai deixar de trabalhar. "Não vou parar de fazer minhas coisas e acreditar que as pessoas são boas. Isso vai passar, vai ser uma página da minha vida que jamais será apagada. Mas a partir de agora eu vou ver as coisas um pouco diferente. Vou ouvir mais meu marido quando ele se preocupar com minha segurança. Só rezo para que todos voltem pra casa bem", concluiu.
Cunhado de Ana Hickmann fala sobre estado de saúde da mulher
Em entrevista ao "Domingo Fantástico", Gustavo Correa também relembrou a tentativa de homicídio. "Quando a Ana desmaiou, ele atirou. Eu voei em cima dele e já peguei a arma. Eu disse: 'Corre, corre'. Vi que ele era menor do que eu. Joguei ele na parede e segurei o gatilho, mas ele não soltava".
"Então eu mordi o braço dele muito forte. Dei uma rasteira nele e ele bateu a cabeça forte no chão, abrindo a cabeça. Isso durou uns dois minutos. Eu fui virando o braço dele pra trás até a nuca e disparei duas vezes. E acabou ali", contou.
Gustavo afirmou que só depois disso tudo soube que a mulher, Giovana, estava ferida e havia sido levada ao hospital: "Foi muito sério o que aconteceu. O tiro atravessou braço, abdômen, intestinos grosso e delgado, pelve e parou na femural. A bala está alojada, mas eles não querem retirar. A nossa maior preocupação é a infecção que pode vir depois".