Termômetro da relação abusiva: terapeuta lista pontos e explica como cortar!
Publicado em 27 de março de 2019 às 15:37
Por Rahabe Barros | Reality show e TV
Carioca, libriana e apaixonada pelo mundo de celebs, memes, música e reality show. Setorista de Bruna Marquezine no site (amo!).
Toda mulher deve saber identificar se está em um relacionamento abusivo. Controle, autoestima rebaixada, jogos emocionais, ameaças e outros prejuízos causados pelo abusador podem se tornar um trauma devastador ao ponto da vítima não conseguir se libertar do problema sozinha. Ao Purepeople, a Dra. Renata de Azevedo destaca quais são os outros sinais de relação abusiva e ainda ressalta importância de buscar uma ajuda
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Você sabe o que é e quais são os sinais de um relacionamento abusivo? Segundo a psicologa e coach Renata de Azevedo, existem diversas formas de abuso, sendo a mais fácil de perceber através da agressão verbal e física. Em entrevista ao Purepeople, a também terapeuta de casais explica como ajudar a vítima a identificar quando está passando por esse tipo de situação e como superar a violência psicológica.

Controlar o parceiro é o 1° sinal de abuso
Segundo Renata, querer mudar o outro é um dos primeiros sinais de que você está vivendo uma história abusiva. "Quer mudar você, seus hábitos, afastar você de sua família, como se o mundo fosse só ela e as coisas dela, como se você não tivesse vida própria", explica. Querer controlar o outro faz elevar a temperatura e desgasta bastante a relação. "A pessoa fica te monitorando constantemente, tem muito ciúme, dúvida de você, fica te perseguindo, querendo saber o tempo todo, regulando, onde você está e o que você está fazendo, te fiscalizando o tempo todo e isso é um dado", exemplifica.
Egoísmo e jogos emocionais são comportamentos típicos

A profissional acrescenta mais um ponto no termômetro: o egoísmo. "Outra coisa é a pessoa olhar muito pra si. Você tenta falar de você, um problema seu, a pessoa desqualifica aquilo como se fosse menor, como se fosse burra por estar com aquela dificuldade. A pessoa fica o tempo todo te colocando pra baixo, te diminuindo, diminuindo você, sua capacidade, a ponto de você mesma se questionar e achar que você é aquilo mesmo", comenta. A medida aumenta ainda mais quando começam os jogos emocionais: "A pessoa coloca a culpa toda em você, tirando sua responsabilidades. Então, esses são uns comportamentos muito comuns".

Ameaça leva ao máximo o termômetro da relação abusiva

Em muitos casos, a própria vítima chega a justificar o abuso. "Às vezes, a pessoa acha que o outro está fazendo aquilo para ajudar e mantém a relação, usando justificativas, como 'ele quer o meu bem', 'ele me ama', sempre justificando o abuso", conta. O medo de ficar sozinho faz com que a temperatura vá ao máximo e deixa a vítima a aceitar até ameaças: "A pessoa coloca medo em você, te coloca insegurança de terminar, faz você acreditar que você não vai encontrar ninguém melhor. Que você não é amada. Que ela é a única opção para você e você acredita nisso, fica com medo de nunca mais achar ninguém e acaba cedendo a essas manipulações".

'As consequências são devastadoras', diz coach sobre relação abusiva

Renata Azevedo ressalta que uma das consequências do relacionamento abusivo é acabar com a autoestima da parceira. "A pessoa fica insegura, se acha feia, se acha ruim, vai destruindo seu amor-próprio e se colocando totalmente dependente do outro, sendo assim incapaz de viver uma vida boa sem o outro. Por isso muita gente volta", constata. "Às vezes, a pessoa até tem força para sair, mas acaba voltando por acreditar que não vai conseguir superar. Na verdade, ela só vai estar reforçando o que já estava ruim. As consequências são devastadoras, mas é importante ter força para manter esse término", explica.

Profissional indica buscar ajuda para romper relacionamento

Segundo Renata, a melhor forma de sair de um relacionamento é buscar ajuda. "É muito difícil do abusador mudar. Não é impossível, até pode acontecer, mas normalmente você vai ficar tentando fazer com que a pessoa mude, mas não vai ser rápido, pois foi criada uma relação de dependência e de se sentir incapaz e inferior. Então como uma pessoa vai terminar com outra 'tão maravilhosa'?. Seria, de fato, muito importante procurar um profissional para terminar", conclui.

(Por Rahabe Barros)

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