Reunindo mais de 400 atores no elenco, a novela "Gênesis" marca a estreia de Marianna Alexandre na TV. No folhetim bíblico, a atriz de 20 anos dá vida a Amarilis, irmã do faraó Sheshi (Fernando Pavão) e futuro alvo de envenenamento. Ao Purepeople, a artista aponta traços em comum com sua personagem. "Ela tem uma relação muito bonita com o irmão. Da família inteira só restaram os dois, então a conexão deles é bem forte", afirma.
"A Amarilis ama o irmão mais que tudo e sempre preza pelo seu bem, e esse é um segundo ponto que me conecta a ela, pois também tenho uma irmã mais nova, com quem vivo uma relação especial de cumplicidade e proteção. Além disso, a minha personagem é muito curiosa, esperta e solar, e eu identifico essas características na minha personalidade", completa ela, com 1.500 milhão de seguidores no TikTok.
Assim como a irmã de Sheshi, Marianna também possui um histórico de se mudar com certa frequência para outras cidades. "Já morei em cinco estados diferentes devido ao trabalho do meu pai, então estou sempre me adaptando a novas culturas, lugares, pessoas...", explica a estreante, que vive uma personagem que não consta na Bíblia.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, os trabalhos de "Gênesis" foram interrompidos, atrasados e em alguns casos a preparação presencial foi substituída pelo online. "Por conta desse intervalo (fevereiro/2020 a junho/2021), tive muito tempo para construir a Amarilis. Como a TV foi uma realidade nova para mim, contei com a ajuda da Vera Freitas (preparadora), que me ajudou a dosar e lapidar a Amarilis", recorda.
"(Isso através de) jogos cênicos com os outros artistas do meu núcleo, criando, assim, uma maior conexão entre as nossas personagens. Juntamente a isso, tive palestras com historiadores e muito estudo da época, para aperfeiçoar detalhes de postura e comportamento como o modo de sentar, acenar, os cumprimentos, etc", completa Marianna, que é ainda compositora, cantora, instrumentista e dubladora.
Com experiência no cinema e musicais, a atriz se viu pela primeira vez diante de um trabalho na telinha. "Cada vertente artística têm uma característica que a torna única. Pensando dessa forma, acredito que a grande diferença é o ritmo que a televisão tem; é frenético, mas tudo acaba se completando no final", opina apontando o aprendizado que levou com "Gênesis", que mostra ainda nos próximos capítulos Judá (Thiago Rodrigues) indo embora do acampamento hebreu.
"Aprendi a me desapegar das cenas mais rapidamente (risos), coisa que não temos muito como fazer no teatro, pois repetimos a mesma história durante toda uma temporada, seja de um mês, seja de um ano. Já no audiovisual, a partir do momento que a cena foi feita e aprovada pelo diretor, temos que deixá-la ir, seguir para outra e esperar aparecer nas telas para vermos o resultado", reflete. "Inclusive, fiquei super nervosa no dia da minha estreia na TV, parecia que eu estava subindo no palco pela primeira vez, e aquele frio ficou na minha barriga até a cena terminar (risos).
Com uma carreira parecida com a de Rafaela Sampaio e iniciada aos 7 anos com musicalização infantil, piano e coral, Marianna debutou no cinema aos 12 em "O Outro Lado do Paraíso" e viu ali a guinada em sua vida. "Costumo brincar dizendo que o 'bichinho da arte' me picou, e desde então o rumo da minha vida mudou para sempre. Depois disso fui apresentada à dublagem e com ela outra paixão veio, assim como o teatro musical, onde tenho a chance de unir o canto, a dança e a interpretação", enumera a protagonista da cinebiografia "Um Broto Legal", da cantora Celly Campelo.
"E me levou a buscar por muito estudo, inclusive no exterior, que foi um sonho realizado através de uma bolsa que ganhei no New York Conservatory for Dramatic Arts. Hoje olho para trás e fico feliz ao ver os caminhos que a vida foi me mostrando, e só espero poder sempre levar a maior quantidade de arte possível na minha vida", completa, empolgada, acrescentando sempre ter tido apoio dos pais após cogitar na infância cursar Diplomacia.
"Cresci em uma família que sempre gostou de apreciar muitos elementos culturais, escutávamos de tudo, íamos ao teatro, consumíamos o máximo de arte possível. E no momento em que eu percebi que era essa profissão que queria seguir, eles me apoiaram, e ainda me apoiam, me dando total certeza de que irão me apoiar para toda a vida. Sem a minha família eu não seria nada", completa.