A polícia civil de São Paulo está investigando se o adolescente de 16 anos que matou os próprios pais e a irmã agiu sozinho ou não. O rapaz foi detido na madrugada de segunda-feira (20) após ligar para a polícia e confessar o triplo homicídio. Em depoimento, o assassino não se mostrou arrependimento, afirmou ter cometido os crimes após ter tido o celular retirado pelos pais como castigo e contou que convivido com os cadáveres por dois dias.
Os corpos já foram encontrados em estado de decomposição, e o filho das vítimas foi encaminhado para a Fundação Casa. O delegado Roberto Afonso, do 33º DP de Pirituba, revelou ao "Cidade Alerta" (Record) que além do telefone móvel foi encaminhado à perícia o computador do jovem, que não teve o nome divulgado.
Há a hipótese do rapaz ter sido influenciado por terceiros a tirar a vida dos próprios pais, cujas fotos viralizaram na web. "Vamos ver se havia algum interlocutor com ele no telefone, razão pela qual ele se sentiu muito frustrado quando os pais recolheram o aparelho de telefonia móvel dele. Precisamos entender se essa frustração foi relacionada a algum tipo de transtorno ou se houve uma problemática de terceiro envolvido", relatou.
Isac era Guarda Civil em Jundiaí (distante cerca de 70km da capital) e o filho contou que sabia onde o pai guardava a pistola. Ele afirmou ainda ter matado primeiro o pai e depois a irmã, que foi atraída pelo barulho do disparo.
Em seguida, se dirigiu a uma academia, retornou, aguardou pelo regresso da mãe e lhe matou, ficando em suas costas uma faca na sequência. O jovem também chegou a comprar pão em uma academia após o terceiro assassinato.
De acordo com vizinhos, a reservada família se mudou a menos de dois anos para a casa local da tragédia e que dava para se escutar brigas de forma constante. Assim como a sobrinha do "tio Paulo", homem levado morto ao banco para sacar empréstimo, o assassino pode responder por vilipêndio de cadáver, ou seja quando não se trata com o devido respeito.