"Quanto Mais Vida, Melhor!" marca a estreia em novelas de Nina Tomsic como Ingrid, a filha de Paula (Giovanna Antonelli) que tem uma relação bem complicada com a empresária, que ganhou uma nova chance na vida após sofrer um acidente aéreo. Ao Purepeople, a atriz afirma que consegue entender os "haters" de sua personagem na trama das sete.
"Entendo super (risos). Eu mesma, no começo, achava a Ingrid dramática demais, porque eu sou muito o oposto dela. Mas, com o tempo, fui entendendo toda dor que ela carrega, e que no fundo ela faz tudo por fome de amor. A única forma que a Ingrid conhece de fazer a mãe enxergá-la é na violência, no embate, no conflito, então ela se apoia no que consegue - e tudo bem", avalia a artista de 21 anos.
"Acho que o público pode defender a Paula, mas vai se identificar em algum lugar com essa menina tão nova e que tem que lidar com tanta coisa dentro e fora de si", prossegue a intérprete da Ingrid, que nos próximos capítulos vai descobrir um segredo guardado pela mãe. E a atriz festeja o retorno que acompanha nas redes sociais.
"As pessoas acolheram a Ingrid de uma forma muito linda, e espero que continue assim! Muita gente se identificou com essa pressão que vem da Paula de querer que a filha seja igual a ela e me relatam coisas maravilhosas! Amei muito ver que o público gostou da relação da Ingrid com a Flávia (Valentina Herszage), porque é um lugar que vai ser muito importante para o crescimento dela durante essa jornada!", completa.
E quando questionada se Paula ou Ingrid vão erguer a bandeira branca no folhetim de Mauro Wilson, Nina não dá muitas pistas. "Posso dizer que é uma relação muito profunda, e muito bem explorada durante a novela toda! A verdade é que as duas se amam tanto que acaba doendo para os dois lados. Mas também faz parte do amor a gente abraçar as diferenças que temos e aprender a admirar o outro justamente no jeito de cada uma de ser! As duas têm uma trajetória muito linda e muito emocionante pela frente! Estou muito animada para ver!", frisa.
A atriz aproveita para fazer uma reflexão de sua relação com a mãe na vida real. "Acho que não (tive um momento Ingrid-Paula com minha mãe). A relação de mãe e filhe sempre é muito intensa. Acho que é uma das coisas mais lindas de se observar. É uma montanha russa eterna: muitas brigas e muito amor. Quanto mais eu cresço, mais eu entendo a minha mãe e tenho mais vontade de abraçar do que de brigar", indica Nina.
"Acho que é porque a gente vai entendendo que elas também são pessoas com uma história para contar, e isso gera uma vontade enorme de descobrir mais sobre esse caminho que as levou até aqui. Isso aproxima, gera empatia e a gente acaba aceitando que somos muito mais parecidas do que pensamos. Que é um pouco o que a Ingrid passa com a Paula também!", reflete.
Já vista anteriormente em "Filhas de Eva", acredita que as cobranças enfrentadas por Ingrid não são raras. "Acho que a maioria das pessoas passa por esse momento de confronto com os pais sobre as expectativas que criam sobre a gente. Eu desde sempre fui muito certa do que eu queria e consegui me comunicar com meus pais muito tranquilamente em cada fase que eu passava", garante.
"Acho que tudo tem a ver com saber compartilhar suas vontades e o que te faz feliz no momento! E claro, entender que são gerações muito diferentes, e que a gente tem que sempre priorizar nossa felicidade e nosso prazer de ser quem somos!", acrescenta.
Presente de forma constante em manifestações, Nina é enfática ao falar do visual, de cabelo curto que ostenta mesmo antes de interpretar a personagem da trama das sete. "Acho que o meu cabelo curto seria a última forma de combater o machismo. Antes disso existe todo um caminho de empoderamento sobre milhares de outras questões importantíssimas", afirma.
"Nunca abri muito espaço para comentários negativos sobre a minha aparência e minhas escolhas principalmente físicas, porque isso só diz respeito a mim. Prefiro gastar minha energia em atitudes concretas do dia a dia que de fato fazem a diferença, como debates, manifestações e eternas desconstruções. Se posicionar contra opressões vai muito além do que é estético. Temos que ir na raiz do problema e começar de dentro pra fora, e não o oposto", reforça.