Paola Carosella voltou a se emocionar no "MasterChef" desta terça-feira (22). A jurada argentina, que na última semana foi às lágrimas ao ganhar um véu com a bandeira do Brasil, chorou novamente no reality de culinária da Band - que terá 25 episódios e durará 5 meses -, mas dessa vez por conta do discurso de um dos candidatos a uma vaga. Nascido na China e criado no Brasil, o médico Lee, de 56 anos, contou que seu objetivo era criar um empreendimento para cozinhar com sobras e reduzir o desperdício de alimentos.
"Gosto muito de cozinhar, gosto muito de ciências e se vocês gostarem da minha comida, vão me ajudar muito num projeto, num sonho antigo meu, que é abrir um laboratório para pesquisas", explicou, enquanto preparava uma sopa de nabos com camarões flambados e broto de chuchu, com auxílio de equipamentos de laboratório, já que cresceu observando o trabalho da mãe, uma engenheira química. Lee contou ainda que aprendeu a cozinhar para ajudar os pais que passavam o dia fora trabalhando e que viveu uma infância de dificuldades. "Quando a gente veio para o Brasil, a gente ficou superpobre. Papai e mamãe trabalhavam e eu tinha que cozinhar e daí você tinha que multiplicar o que você compra no mercado".
Paola, que no final de 2015 cozinhou em uma escola ocupada durante um protesto por estudantes, ficou visivelmente emocionada com a história de vida e o projeto defendido pelo candidato. Ela deu seu "sim" para Lee, que enfrentou a resistência de Eric Jacquin. "Eu sou cozinheiro, tenho 56 anos, não tenho tempo para perder, não estou nisso para brincar, eu preciso da chancela de vocês três para eu poder ir atrás desse laboratório. Capitalista nenhum vai me dar dinheiro e o dinheiro que eu tenho não é suficiente. Quero que as pessoas gastem R$ 100 no supermercado e renda R$ 300. Fiz universidade de graça nesta terra e é a forma que eu tenho para devolver", discursou Lee, recebendo o avental das mãos de Henrique Fogaça, que já dispensou o título de chef e disse se considerar um cozinheiro.
(Por Caroline Moliari)