"Dentro de instantes, para vocês, a grande escalada nacional de notícias", disse Cid Moreira em 1º de setembro de 1969. Foi com essa frase que o jornalista abriu, às 19h45, a primeira edição do "Jornal Nacional", que trouxe matérias das obras de alargamento da Praia de Copacabana, da morte do campeão mundial Rocky Marciano e do gol de Pelé que garantiu a classificação do país para a Copa de 1970. Primeiro noticiário do Brasil a ser transmitido em rede nacional, o "JN" completa 50 anos como o telejornal mais assistido no país.
Criado para competir com o "Repórter Esso", da TV Tupi, o jornal apostou nas notícias quentes, as chamadas factuais. Enquanto a atração da Tupi deixava a melhor notícia para o final, o "Jornal Nacional" já abria o noticiário com o assunto que mais interessava ao telespectador e logo conquistou o público. As primeiras edições duravam apenas 15 minutos.
O famoso 'boa noite' ganhou destaque na voz de Cid Moreira. Três anos após a estreia e algumas trocas de apresentadores, Cid e Sérgio Chapelin formaram a primeira dupla que representou a cara do telejornal. Juntos, ocuparam os cargos até 1983.
Em maio de 1989, Chapelin voltou a apresentar o "JN" ao lado de Cid Moreira. Valéria Monteiro foi a primeira mulher a participar do "Jornal Nacional" apresentando notícias no período das Olimpíadas de 1988 e fazendo plantão aos sábados. Em 1991, chegou Sandra Annenberg com o quadro da previsão do tempo. Em março de 1996, Cid e Sérgio, são substituídos por William Bonner e Lillian Witte Fibe.
Mário Marona assumiu o comando do "JN" em no final de 1996 e fez algumas mudanças editoriais, abrindo espaço para curiosidades do mundo animal e a vida de celebridades. A edição do dia 28 de julho de 1998 trouxe uma cobertura de mais de dez minutos sobre o nascimento de Sasha, filha da apresentadora Xuxa. A matéria mostrou a chegada da apresentadora à maternidade, o quarto com um berçário exclusivo que aguardava o bebê, o primeiro banho da menina e uma entrevista, ao vivo, com o pai Luciano Szafir.
Em março de 1998 o noticiário passou a ser apresentado por William Bonner e Fátima Bernardes. No ano seguinte, Bonner acumulou as funções de âncora e editor-chefe.
Em maio de 2002, o "Jornal Nacional" exibiu um quadro chamado "Família Scolari", que apresentava o perfil de cada um dos jogadores convocados para a Copa do Mundo. Ronaldo inaugurou a série, sendo o primeiro entrevistado a sentar-se à bancada.
Quando completou 15 anos de existência, o noticiário comemorou a data com reportagens que marcaram a época, como a chegada do homem à lua, a descoberta de Serra Pelada e as guerras travadas nesses anos. Nessa época, a atração era apresentada por Celso Freitas e Cid Moreira e empregada cerca de mil profissionais, entre repórteres, editores, cinegrafistas, diretores de imagem, coordenadores, operadores de áudio e vídeo. Setecentas horas de videoteipe eram produzidas e o melhor conteúdo ia ao ar.
Em 2009, o "JN" completou 40 anos e ganhou novo cenário. Repórteres sentaram-se à bancada para contar suas trajetórias e também foi exibido um especial sobre as quatro décadas de transmissão.
Fátima Bernardes deixou o telejornal em dezembro de 2011 para apresentar o seu próprio programa, "Encontro com Fátima Bernardes". Patrícia Poeta assumiu a cadeira e recebeu as boas-vindas da mulher de Bonner no ar. Na ocasião, uma matéria com episódios que marcaram a trajetória das carreiras das duas jornalistas foi exibida. O cabelo de Fátima foi assunto diversas vezes enquanto ela esteve à frente da bancada.