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Paulinho Vilhena contou em entrevista ao site oficial de Aguinaldo Silva, autor de "Império", que sem esperar acabou tendo contato com doentes mentais no primeiro dia de gravações da novela. "Fomos gravar no Instituto Nise da Silveira. Botei o figurino (do personagem), peguei um mamão, e fui dar uma volta por lá. Num dado momento, virei uma ruazinha e encontrei um pátio fechado, com vários doentes. A hora em que olhei bem para eles, falei: 'Puxa vida, eu vou lá! Vou me aproximar'. E fiquei durante uma hora e meia", contou.
O ator, que na trama das nove vive o esquizofrênico Salvador, garantiu que foi uma experiência enriquecedora. "Eles conversaram entre si, falavam comigo, eram ideias totalmente desconexas, mas ficamos bem próximos. Eles me aceitaram, não tive uma rejeição".
E explicou que durante esse tempo, conseguiu até mesmo interagir com as pessoas: "Falava coisas com palavras, gestos, carinho, abraços, dava mamão na boca dos caras, das mulheres também. Foi uma experiência impressionante". E relatou: "De vez em quando tinha uns barulhos que vinham do nada - acho que uma necessidade de libertação interior -, e uns grunhidos. E tem uma coisa muito sexual também... As reações são variadas dentro do universo deles. E eu fiquei ali naquele processo de absorver os detalhes, me deu muito subsídios de movimentos, de tiques, de nuances".
Na novela, Salvador consegue extravasar seus sentimentos na pintura. Paulinho revelou que para isso, se inspirou em Arthur Bispo do Rosário, artista plástico diagnosticado como esquizofrênico paranoico. "Comecei a conectar a patologia aos artistas brasileiros que tinham sido identificados como doentes mentais e foram grandes nas artes. Vi que havia uma turma. Busquei também a história da psiquiatra Nise da Silveira, que foi a criadora do método para extravasar essa angústia usando a arte. Fui por esse caminho", garantiu.
Mas seus quadros, que sempre foram motivo de certa libertação, vão se tornar um problema. Durante uma fuga do manicômio, Salvador acaba na rua e acaba vendo uma foto de um de seus quadros. A verdade é que Orville (Paulo Rocha) rouba as pinturas para vendê-las como telas de um artista que não gosta de aparecer. Com isso, Salvador fica angustiado.
A salvação do personagem será uma mulher, que vai acreditar em sua história e ajudá-lo a recuperar as obras de arte. "Não sei se essa mulher vai se tornar uma cuidadora, uma paixão, ou se terei essa pessoa como mãe", afirmou Paulinho.
O ator, que acredita estar amadurecendo através de seus personagens, revelou ainda que usa a música para se concentrar antes de entrar em cena: "É muito difícil entrar no personagem, não fico entrando e saindo. Quando estou nele vou até acabar a cena. Depois baixo a bola, passo uma água no rosto, e, quando retorno, as músicas me ajudam a retomá-lo. Porque se eu não ficar com ele posso perdê-lo, e é difícil encontrá-lo novamente, do jeito que eu posso interpretá-lo".
O ator, que na trama das nove vive o esquizofrênico Salvador, garantiu que foi uma experiência enriquecedora. "Eles conversaram entre si, falavam comigo, eram ideias totalmente desconexas, mas ficamos bem próximos. Eles me aceitaram, não tive uma rejeição".
E explicou que durante esse tempo, conseguiu até mesmo interagir com as pessoas: "Falava coisas com palavras, gestos, carinho, abraços, dava mamão na boca dos caras, das mulheres também. Foi uma experiência impressionante". E relatou: "De vez em quando tinha uns barulhos que vinham do nada - acho que uma necessidade de libertação interior -, e uns grunhidos. E tem uma coisa muito sexual também... As reações são variadas dentro do universo deles. E eu fiquei ali naquele processo de absorver os detalhes, me deu muito subsídios de movimentos, de tiques, de nuances".
Na novela, Salvador consegue extravasar seus sentimentos na pintura. Paulinho revelou que para isso, se inspirou em Arthur Bispo do Rosário, artista plástico diagnosticado como esquizofrênico paranoico. "Comecei a conectar a patologia aos artistas brasileiros que tinham sido identificados como doentes mentais e foram grandes nas artes. Vi que havia uma turma. Busquei também a história da psiquiatra Nise da Silveira, que foi a criadora do método para extravasar essa angústia usando a arte. Fui por esse caminho", garantiu.
Mas seus quadros, que sempre foram motivo de certa libertação, vão se tornar um problema. Durante uma fuga do manicômio, Salvador acaba na rua e acaba vendo uma foto de um de seus quadros. A verdade é que Orville (Paulo Rocha) rouba as pinturas para vendê-las como telas de um artista que não gosta de aparecer. Com isso, Salvador fica angustiado.
A salvação do personagem será uma mulher, que vai acreditar em sua história e ajudá-lo a recuperar as obras de arte. "Não sei se essa mulher vai se tornar uma cuidadora, uma paixão, ou se terei essa pessoa como mãe", afirmou Paulinho.
O ator, que acredita estar amadurecendo através de seus personagens, revelou ainda que usa a música para se concentrar antes de entrar em cena: "É muito difícil entrar no personagem, não fico entrando e saindo. Quando estou nele vou até acabar a cena. Depois baixo a bola, passo uma água no rosto, e, quando retorno, as músicas me ajudam a retomá-lo. Porque se eu não ficar com ele posso perdê-lo, e é difícil encontrá-lo novamente, do jeito que eu posso interpretá-lo".