Desde que Laerte (Gabriel Braga Nunes) voltou para o Brasil que Luiza (Bruna Marquezine) e Helena (Julia Lemmertz) não param de brigar na novela "Em Família". Mas no capítulo que vai ao ar em 3 de março, as duas conversam francamente sobre um assunto difícil e espinhoso, mas com o carinho e amor que sentem uma pela outra. Ainda assim a estudante aproveita para dizer algumas verdades à mãe, que não gosta de ouvi-las.
Luiza dá início à conversa ao dizer que às vezes fica pensando nos pais, e dispara: "Tenho pena". Helena fica surpresa com a revelação e pede uma confirmação: "Tem pena de mim e do seu pai?". "Tenho. De como vivem. De como seguem vivendo. Apesar de toda a cordialidade que existe entre os dois. Não brigam. Não pelo menos na frente dos outros. São discretos. Sensatos. Ai, que palavra velha: sensatos!", responde a moça.
Na tentativa de entender onde filha quer chegar, a leiloeira pergunta se ela acha que o modo como vivem é um erro ou um mau comportamento. "Eu acho que isso não tem nada a ver com o amor que eu quero viver. O meu é bagunçado, com brigas quentes e com reconciliações mais quentes ainda! No meu amor vale tudo", explica Luiza. Helena conta que quando tinha a idade dela também pensava da mesma forma, porém nem sempre é possível fazer o que se deseja, pois tem muito a ver com a pessoa com quem se casa.
É aí então que a jovem faz uma constatação: "Mãe... O homem da sua vida era o Laerte. Com ele esse amor sem leis seria possível". "Não gosto que você fale assim. É falta de respeito com o seu pai. E o mais importante: é mentira", rebate a mulher de Virgílio (Humberto Martins). Luiza insiste que o que diz é verdade e a acusa de ter medo do primo, mas a mãe nega, afirmando que o que sente por ele é ódio, por ter desgraçado sua vida.
A estudante acusa Helena de não ter se casado com Virgílio por amor, mas sim para pagar a dívida de Laerte. "Isso pouco importa. Casei com um homem bom. Do bem. E aprendi a amá-lo", argumenta. "Amor de cama também se aprende? Amor de homem e mulher?", questiona a filha. "Eu amo seu pai!", declara a mãe, irritada. Luiza, porém, continua: "Respeita meu pai, o que é diferente (...) O amor, o grande amor, não gosta de muito respeito. E o Laerte era o homem que ia te amar sem muito respeito (...) Vocês iam brigar muito, iam sair na porrada, mas iam fazer as pazes e aí ia valer a pena".
Chegando ao seu limite, Helena tapa os ouvidos e esbraveja: "Não quero ouvir mais nada! Odeio esse homem!". "Odeia porque ele te impediu de ser feliz com ele. Que você tivesse pelo menos a chance de ser feliz com ele. Podia acabar em pouco tempo, podiam se separar, mas você teria experimentado o verdadeiro e grande amor. Mas não. Ele estragou tudo. Não é verdade, mãe? E você teve que se casar com o perdedor", diz a moça. A afirmação provoca alguns instantes de silêncio entre as duas e o clima fica pesado. Após algum tempo, a leiloeira se vira para a filha e avisa: "Vou sair e andar um pouco pela cidade". "Para lembrar?", ela pergunta. "Para esquecer", responde a mãe.
(Por Samyta Nunes)