Quase ninguém lembra, mas Renata Silveira foi responsável por narrar partida marcada pela parada cardíaca de um jogador
Publicado em 25 de julho de 2024 às 12:10
Por Matheus Queiroz | Notícias dos famosos, TV e reality show
Jornalista por vocação, apaixonado por música, colecionador de CDs e neto perdido de Rita Lee.
Renata Silveira era recém-chegada no Grupo Globo quando enfrentou a transmissão mais difícil de sua carreira.
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Renata Silveira passou por inúmeras experiências diferentes - de bailarina do Faustão a Miss Rio de Janeiro - antes de se consagrar como narradora de futebol. No entanto, nada disso foi mais desafiador do que a situação que ela enfrentou ao vivo no dia 12 junho de 2021, quando narrava uma partida da Dinamarca contra a Finlândia pela Eurocopa.

O jogador dinamarquês Christian Eriksen sofreu uma parada cardiorrespiratória em campo. O atleta caiu desacordado e precisou de massagem cardíaca, em uma cena agoniante que durou cerca de 15 minutos. Ao vivo no sportv, Renata precisou seguir firme com a transmissão.

"Porque jogo a gente se prepara, estuda. Mas a gente não estuda para narrar alguém ressuscitando, um jogador quase morrendo. Foi bem tenso, bem difícil. Nos primeiros minutos depois do ocorrido, eu busquei ter o controle da emoção. Você sente a voz embargada, o olho encheu de lágrima. Quando entendemos que era grave, ia demorar e íamos ficar no ar, aparecendo no vídeo, eu pensei: agora eu tenho que ficar plena, eu tenho que ter postura. Enxuga as lágrimas, segura a voz e vamos embora. Deu tudo certo, graças a Deus", relembra Renata, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

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RENATA SILVEIRA DIZ QUE ESTA FOI A TRANSMISSÃO MAIS DIFÍCIL DE SUA CARREIRA

Renata era recém-contratada do Grupo Globo quando a fatalidade aconteceu - ela tinha apenas três meses de casa. A narradora define esta transmissão como mais difícil de sua vida, mas foi, também, um divisor de águas em sua carreira.

"Depois disso, eu recebi muitas mensagens do tipo: 'Passei a te respeitar depois desse jogo, passei a gostar do seu trabalho depois desse jogo'. É muito mais do que ter conseguido narrar aquela tragédia. É mostrar pra muita gente que duvidava que eu era capaz de estar ali, que eu posso até narrar tragédia", refletiu.

O profissionalismo de Renata em meio à situação delicada também ajudou a calar a boca de muitos críticos. "Tinha muita gente ali torcendo o nariz. Quando eu falo de muita gente, falo de sociedade, falo de outros narradores, de imprensa, de todo mundo duvidando: 'Mulher narrando, será que isso vai dar certo? A Globo nunca teve uma narradora'. E depois disseram: 'Olha só o que ela fez. O cara quase morreu em campo, ela ficou no ar, segurou a transmissão'", completou.

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