O Comitê Olímpico Internacional (COI) avaliou os sinais religiosos que Rayssa Leal fez durante a competição de skate no último domingo (28/07), nas Olimpíadas de Paris 2024.
Antes de descer a rampa para mostrar suas habilidades, a brasileira de 16 anos fez um sinal em libras dizendo que "Jesus é o caminho, a verdade e a vida", frase adaptada da Bíblia em João 14:6.
Mas acontece que manifestações políticas e religiosas são proibidas durante as provas ou pódio e podem render punições e multas aos atletas que as praticarem. O Comitê Olímpico, por sua vez, afirmou que nem chegou a abrir uma investigação sobre o ocorrido com Rayssa durante a competição.
"Obviamente parece um genuíno mal-entendido. O que vou falar é que o COI está feliz de os atletas se expressarem em coletivas, em redes sociais e outros lugares. No campo de disputa, nós tentamos manter nos esportes", esclareceu Mark Adams, porta-voz do COI, ao UOL Esporte.
Sendo assim, a "Fadinha" não sofrerá nenhum tipo de punição por parte da organização internacional, e não receberá nem mesmo uma advertência.
Ao ser questionada sobre as regras do Comitê Olímpico que proíbem manifestações políticas e religiosas, Rayssa afirmou não saber de nada -muito menos se havia sofrido algum tipo de advertência.
"Se eu peguei advertência eu não to sabendo ainda não, porque não chegou em mim ainda não, isso daí. Se eu pegar alguma advertência a gente vai descobrir mais tarde", disse ela, sem demonstrar preocupação com o fato.
Em seguida, o Comitê Olímpico Brasileiro e o staff da skatista avisaram que não haveria mais nenhum comentário sobre o caso.
Rayssa competiu na modalidade "skate street" nos Jogos Olímpicos e ficou em terceiro lugar, levando para casa uma medalha de bronze.
Ela se tornou a atleta mais jovem a conquistar uma medalha olímpica em duas edições diferentes dos Jogos; em Tóquio, ela ficou com a prata.