O apresentador Cid Moreira morreu na manhã desta quinta-feira (03), com 97 anos recém-completados. A informação foi confirmada pela TV Globo, durante o programa "Encontro". O veterano passou os últimos dias internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, município localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, o ex-âncora lutava contra uma pneumonia.
Segundo informações do G1, Cid morreu por volta de 8h da manhã, em decorrência de insuficiência renal crônica.
Em entrevista a Patrícia Poeta, a viúva de Cid, Fátima Sampaio, relatou que o marido disse estar "cansado". "A idade não é fácil, ela chega para todo mundo. A gente mudou para perto do hospital quando ele começou a fazer a diálise. Ele estava cansado, ele falava: 'Tô cansado'. Os últimos anos foram difíceis", declarou a esposa.
Cid começou no rádio na década de 1940, já imprimindo a voz grave e marcante que se tornou sua marca registrada. A televisão entra em sua vida nos anos 1950, na função de apresentador de comerciais em programas da TV Rio.
Cid se torna apresentador de telejornal em 1963 no "Jornal da Vanguarda", ainda na TV Rio. O programa fez tanto sucesso que passou a ser exibido em diversas emissoras, inclusive, na recém-fundada TV Globo.
Em 1969, Cid estreia a frente daquele que se tornaria o telejornal mais importante do Brasil: o "Jornal Nacional". Foram 27 anos como âncora e, segundo informações do acervo da emissora, ele comandou mais de 8 mil edições da atração. Outro trabalho notável do apresentador na vênus platinada foi no "Fantástico" - o quadro do Mister M fez história na televisão.
Paralelamente aos trabalhos na Globo, Cid também fez muito sucesso ao lançar CDs com a Bíblia narrada em sua voz. Dados não-oficiais estimam que mais de 33 milhões de unidades dos trabalhos tenham sido vendidos.