Ele nasceu em São Paulo e foi batizado com o nome Marcelo Pires Vieira. A carreira teve início em 1992, mas foi cinco anos depois que ele conquistou o sucesso nacional, à frente de um dos grupos de pagode mais famosos daquela década. Agora, sua trajetória de vida é contada em um documentário que tem dado o que falar. Reconhece? É o Belo!
Filho de uma costureira e um pedreiro, Belo teve uma infância marcada pela dificuldade financeira e a família chegou a passar fome. "Muitas das vezes, eles não tinham o que dar de comer. Eu lembro que Dona Teresinha [mãe de Belo] me contava que mandava Marcelo e Maurício irem ao mercado para comer", relembra Natália Louise, ex-assessora do artista, em entrevista ao documentário "Belo, perto demais da luz".
No auge do sucesso, Belo também enfrentou problemas com a Justiça. Em 2004, o artista foi condenado por associação ao tráfico de drogas, após ser flagrado em ligações telefônicas com um traficante. Na gravação, ele negocia a compra de uma arma e o bandido chega a pedir que ele pague um carregamento de cocaína que chegaria no dia seguinte.
Belo nunca saiu das paradas musicais e emplacou seis músicas entre as dez mais tocadas do Brasil no período da prisão. "Eu estive ausente dos palcos, mas nunca estive ausente do coração das pessoas", diz o cantor, orgulhoso.
Após o documentário, ele parece ter aprendido a separar o Belo do Marcelo. "O erro do Belo foi amar demais, se entregar demais, machucar o coração de vocês. O problema foi com o Marcelo. É bom separar isso. E eu nunca soube separar o artista do ser humano. Eu sempre fui muito de verdade, então, sempre levei a minha verdade. Quando acontece todo esse episódio da prisão, acho que todas as pessoas que gostam do Belo vão junto comigo nesse lugar. E até quem não gosta", disse o cantor no lançamento do documentário, que contou com a presença do Purepeople.