Vivendo sua pior crise de audiência desde a fundação, em agosto de 1981, o SBT pode ter um reforço de peso para a programação 2025. Ou melhor, dois. Com saída da Globo marcada para o fim deste ano, Boninho está negociando com a emissora de Silvio Santos (1930-2024) para ter uma produção independente nas manhãs da emissora. O diretor levaria junto sua mulher, Ana Furtado , que estaria à frente do projeto.
Lançado em março deste ano, o "Chega Mais" já sofreu com troca de diretores, vai perder Regina Volpato, uma de suas apresentadoras antes do Natal, e deve ser encerrado ano que vem, podendo dar lugar ao retorno do "Vem Pra Cá" (2021/2022). Agora em novo horário, 9h, o matinal perdeu ainda mais audiência e ficou com 1.6 nesta terça-feira (26) na Grande São Paulo.
"O SBT não confirma", resumiu a assessoria da emissora ao Purepeople.
Segundo o "Notícias da TV", Boninho tem tido conversas frequentes com Daniela Beyruti, filha número três de Silvio Santos e atualmente presidente do SBT. A produtora do diretor tocaria o matinal a ser realizado nos estúdios do Complexo Anhanguera, em Osasco (São Paulo). Ou seja, haveria uma sociedade.
Para emplacar Ana no programa, Boninho levantou dados que indicam que a apresentadora mantinha os anunciantes do "Encontro com Fátima Bernardes" (2012/2022) quando substituía a titular. Não custa lembrar que Ana Furtado estreou esse ano no "Teleton", o que pode ser um outro indício do "namoro".
Também ex-Globo, Carlos Tramontina é mais um nome cogitado para esse possível projeto do SBT capitaneado por Boninho, visto algumas vezes na sede do canal nos últimos tempos. Enquanto não se chega a um acordo com o filho de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ex-diretor da Globo, o SBT vive um momento desastroso no Ibope.
Nesta semana, o "SBT News na TV" voltou ao ar dez dias depois de ter sido cancelado, em processo que resultou em mais de 100 demissões. Pouco antes, no começo do mês o canal desistiu de retornar com a exibição de "Chaves" no horário nobre em uma mudança que afetaria vários programas da grade e cancelaria a reprise de "As Aventuras de Poliana" (2018/2020).
A delicada situação já fez ventilar que após 13 anos, o SBT deixaria de produzir novelas. Aliás, esse é o maior período de atividade do setor de teledramaturgia da emissora desde abril de 1982, quando foi inaugurado.