A atriz Tainá Müller é a capa da revista "TPM" deste mês. Na edição especial dedicada a uma campanha contra a violência sexual contra mulheres, a atriz, atualmente no ar na novela "Flor do Caribe", falou sobre machismo e a cultura errada de que minissaias e decotes justificam comportamentos criminosos.
"Em tempos de manifestações históricas, as mulheres com pensamento libertário não podem deixar de fincar o pé no que foi conquistado até aqui. Senão, daqui a pouco poderão opinar até sobre nossas roupas", disse. Tainá afirmou nunca ter sofrido uma violência grave, mas contou ter passado por inúmeras situações machistas. "É o tipo de coisa que toda mulher brasileira já sofreu", afirmou.
Na revista, Bianca Comparato também opinou sobre o tema e disse se incomodar com a limitação de ter que usar roupa "mais comportada" a fim de evitar ataques na rua.
"Adoro correr de short. Mas não uso mais, só quando acordo corajosa. Depois que ouvi uma ofensa nojenta de um cara enquanto me alongava, fiz concessões. Se quero evitar constrangimentos, seja na balada, no trabalho, onde for, repenso minha roupa. Mas odeio, não quero isso", disse a atriz, recentemente elogiada por Joana Fomm em entrevista ao Purepeople.
Angelina Jolie é outra atriz envolvida nas manifestações contra violências sexuais. Em abril, a atriz se reuniu em Londres com ministros do G8, o grupo dos oito países mais ricos do mundo, e pediu mais esforços para que crimes sexuais em guerras sejam levados à Justiça.
"Centenas de milhares de mulheres e crianças foram agredidas sexualmente, torturadas ou forçadas à escravidão sexual nas guerras de nossa geração", disse Jolie aos ministros. Embaixadora da boa vontade do alto comissariado da ONU para refugiados, Jolie completou: "Estupro em zonas de guerra não é inevitável. Essa violência pode ser evitada, e deve ser confrontada", defendeu.