Tainá Müller confessa que se o seu terapeuta lhe desse alta, ainda assim não largaria o divã. A atriz que interpreta a decidida fotógrafa Marina, na novela "Em Família", diz que procurou um analista depois que teve que encarar momentos de solidão.
"Tinha me desgarrado da família e estava num período um pouco solitário então eu comecei a fazer análise e não parei mais. Adoro me aprofundar nos estudos da psique humana. Acho que se eu tivesse outra profissão eu seria psicóloga", conta a atriz, de 31 anos, ao jornal "O Globo" desta quinta-feira (8).
Tainá, que se define como uma "consultora sentimental" antenada aos problemas à sua volta, confessa que as questões que envolvem o papel desafiador e polêmico que vive na novela - Marina, sua personagem gay, tenta a todo custo conquistar o coração de Clara (Giovanna Antonelli) - , às vezes vão parar no divã como um dos assuntos do dia para serem destrinchados com o terapeuta.
"Sempre fui meio consultora sentimental. E gosto de me conhecer e de apresentar as angústias que vão aparecendo no dia a dia a uma pessoa com uma visão de fora, que te ajuda analisar questões que vão aparecendo ao longo da sua vida. Para mim como atriz é interessante. Às vezes eu até levo questões da personagem para a análise, digo: 'Olha, hoje eu quero falar da Marina'", diz a atriz.
A personagem polêmica ganhou adeptos e também opositores. Se nas redes sociais a atriz vive recebendo elogios, nas ruas a abordagem ainda se depara com o discurso conservador sobre a história de amor de duas mulheres, que nos próximos capítulos, poderá ganhar força. Em entrevista dada ao "Encontro com Fátima" recentemente, Tainá diz que já ouviu frases como: "Não tenho preconceito, mas me incomoda".
No site oficial da novela, porém, uma enquete já foi posta no ar para medir a popularidade e a aceitação do provável próximo casal gay da TV. Nele, quase 80% dos internautas querem que Marina e Clara fiquem juntas.