Às vésperas de estrear "A Fazenda 2024" (veja aqui quem está cotado), Adriane Galisteu já fez parte do casting do SBT. Entre 2004 e 2008, a apresentadora conduziu o "Charme", uma das atrações que se tornaram alvo de Silvio Santos em seguidas e incontáveis mudanças de horário. Mesmo ficando bem atrás do "Programa Livre" nesse quesito, o "Charme" ainda contabilizou alterações no formato, ora apostando em entrevistas, ora em jogos por telefone.
Com isso, deixou a grade diária, passou a ser semanal (primeiro às quartas e depois aos sábados), até retornar à programação de segunda a sexta, rodando ainda pela madrugada e vendo outros apresentadores assumirem o comando nas férias da titular. Claro que tantas e seguidas mudanças irritavam Galisteu, que chegou a apresentar um programa de pijama.
E segundo o jornalista Ricardo Valladares em artigo publicado na "Folha de S.Paulo" deste domingo (8), Silvio já fez Adriane Galisteu chorar por chamá-la de "antiética" em reunião. O jornalista prepara um livro sobre o apresentador morto há quase um mês e por um tempo trabalhou no SBT.
Segundo Valladares, Silvio chamou via Zilda (sua secretária desde 1975) Galisteu para uma reunião. "Ouvir seu nome ao telefone era como subir ao céu - ou descer ao inferno. Ou era um elogio, ou uma bronca. Geralmente bronca", cravou o profissional. "Em uma dessas, ele chamou Adriane Galisteu para dar um pito daqueles. Silvio ouviu de uma de suas fontes na emissora que ela havia colocado o próprio motorista para participar de um programa de prêmios que apresentava na madrugada do SBT".
"A palavra mais leve que ouviu foi 'antiética". Adriane me contou isso chorando", relatou. E além dela, outro grande nome do SBT na época teve a mesma reação: Ana Paula Padrão. "Foi à minha sala chorar sobre as mudanças de horário em seu jornal. Silvio reclamava que elas tratavam os programas como se fossem delas, e não da emissora", afirmou.
Por outro lado, Valladares impedia demissão de funcionários por questões de saúde ou idade - casos de Hebe Camargo (1929-2012) e Carlos Nascimento, que teve diagnóstico de câncer. Já outros três ganharam contratos vitalícios: Dercy Gonçalves (1907-2008), Roque e Ruth Romcy (1927-2007), que atuava nas pegadinhas do "Topa Tudo por Dinheiro" (1991-2001).