Luciano Huck falou sobre a personalidade de Joaquim, de 16 anos, Benício, de 13, e Eva, de 8. Em seu recém-lançado livro "De Porta em Porta", o apresentador contou que ele e a mulher, Angélica, tentam fazer com que a fama, a casa onde moram, as viagens ou a conta bancária não tenham "influência negativa na formação do caráter e nos valores da educação dos filhos".
"Joaquim é um cara curioso e interessado. Posso me sentar com ele em qualquer mesa, com todo tipo de gente, de qualquer lugar, com a certeza de que ele vai se virar. Gente fina, boa companhia, costuma fazer a família cair na gargalhada com um senso de humor inteligente e sarcástico. Me enxergo muito nele, vejo muito do adolescente que fui. Meu parceiro, meu amigo", afirmou Huck sobre o primogênito, que teve a voz comparada a do pai.
Luciano também detalhou a personalidade da caçula, com quem reproduz vídeos divertidos na web. "Eva é a princesa da casa, mas uma princesa moderna e revolucionária. Enfrenta os meninos de igual para igual, cheia de opinião. Não pede reforços (apesar dos meninos me acusarem de protegê-la de maneira desproporcional, o que eu confesso ser verdade). Ela é a parte importante da alegria da casa. Carinhosa e talentosa. Nasceu para a arte: bailarina, sapateadora, atriz, dançarina e tiktoker", entregou.
Huck elogiou ainda o filho do meio. "Menino incrível e cheio de talentos, Benício é a cópia fiel do meu avô Maurício. Corajoso, mas não destemido, calibra sua ousadia na medida certa. É aquele tipo de filho que coloca sobre os pais ainda mais responsabilidade. Sempre cuidadoso, nunca se joga em algo sem analisar os riscos. É carinhoso e fraterno. Sempre foi o meu companheiro de aventuras, na terra, no mar e no ar", descreveu.
No capítulo "Sobreviventes", Luciano relembrou quando o avião bimotor em que ele estava com Angélica e os filhos caiu no Mato Grosso do Sul, enquanto a família deixava o Pantanal, em 24 de maio de 2015.
"Estávamos todos em pânicos. (...) Faltando cerca de 130 quilômetros para o aeroporto de Campo Grande, o barulho do avião mudou. O painel mostrava que um dos motores havia apagado. Dali em diante, vivemos os piores quatro minutos das nossas vidas", afirmou.
"O avião passou a perder altura mais rapidamente. O nervosismo tomou conta de todo mundo. O olhar dos nossos filhos se enchia de medo. O comandante curvou o bimotor para outro lado, na direção de Campo Grande. As crianças começaram a gritar. Já não havia dúvidas de que não chegaríamos ao aeroporto", contou.
"'Nós não vamos pousar, nós vamos cair', falei para eles, olhando cada um nos olhos. 'Todo mundo bota o cinto e abaixa a cabeça'. Benício estava diante de mim. Angélica estava frente a frente com Joaquim. Léa (a babá) agarrou Eva. Segundo depois, já perto do solo, os pilotos desligaram os motores. Foi então que se deu aquele silêncio estranho, que parece prenunciar a presença da morte", relatou.