Assim como Cássia Kis, Rodrigo Santoro também foi homenageado pelo Cine PE na noite deste sábado (2). Acompanhado da mulher, Mel Fronckowiak, o ator assistiu um filme mostrando a sua trajetória e foi às lágrimas. A veterana foi convidada para entregar ao galã a honraria máxima do festival, a Calunga de Ouro, e ainda lhe deu um selinho carinhoso. "Estou muito honrando pela noite de hoje, por toda essa homenagem e o carinho recebido. Queria parabenizar a toda direção do festival e aos diretores dos filmes que assisti. Não só acho importante, como eu tenho prazer em ver cinema e feito no Nordeste ou Sul, eu estou sempre assistindo tudo", disse.
Estrela do clipe "Ocean", em que vive amante de Marina Ruy Barbosa na nova música de trabalho do DJ Alok, Rodrigo falou sobre a carreira internacional. "O Cine PE é muito significante para mim. Em 2001 vim competindo com o filme 'Bicho de Sete Cabeças', saímos vitoriosos. A comemoração foi incrível, um show com Nação Zumbi em homenagem à Chico Science, fico sempre arrepiado todas as vezes que lembro desse dia especial vivido aqui. Essa visão de que eu fui fazer uma carreira em Hollywood não existe. Mas entendo. Eu fui para lá divulgar filmes brasileiros como 'O Bicho de Sete Cabeças', 'Abril Despedaçado' e 'Carandiru'. A partir principalmente desses dois últimos filmes eu comecei a entrar em contato com o mercado externo. Com o cinema no mundo, conheci diretores, festivais, e assim fui entrando em contato com o cinema no mundo", comentou.
Em seguida, o brasileiro comentou seu novo trabalho como protagonista nos cinemas. "A partir daí gradativamente eu fui me aventurando, me encantando e me auto-estimulando e ao mesmo tempo sem levar nada a sério como até hoje. Muito a sério eu digo, que não era o objetivo. Não sai com uma mochila nas costas e disse vou conquistar o mundo. Não existe e não existiu esse pensamento na minha cabeça. Eu estava vivendo um momento aqui no Brasil sensacional. Eu não tinha nenhum motivo para ir buscar fora. Então foi uma consequência que como tudo na vida, ela vem e pah. E aí o que fiz com aquilo? É o que venho fazendo até hoje. Eu peguei aquela aquelas coisas que estavam acontecendo. Foi devagarinho, numa caminhada humilde, com produções mas independente, fazendo o que no que acreditei. Eu nunca me desrespeitei. Nunca fui fazer uma coisa esperando o melhor. O que eu fiz e continuo fazendo é me aventurar numa estrada só. Eu não me concentro nos Estados Unidos, apesar de estar mais lá por causa da série 'Westworld'. Mas também em breve vocês vão me ver no cinema novamente com um filmes que fiz em Cuba chamado 'Un Traductor', fiz ano passado baseado em uma história real".
(Por Patrícia Dias)