O Rock in Rio celebrou 40 anos de fundação com uma edição especial encerrada neste domingo (22). E como de costume, os produtores precisaram se desdobrar para atender alguns pedidos esdrúxulos das megaestrelas.
Em entrevista ao "RJ1", da TV Globo, Mariana Sirena, coordenadora dos camarins do Rock in Rio, revelou alguns dos pedidos inusitados dos artistas. Ela, no entanto, preferiu não citar nomes.
"O primeiro deles é que, em vez de carpete, forrando o chão do camarim, um dos artistas pediu em um camarim específico, grama sintética. O outro, um mel da Nova Zelândia, que a gente teve que importar, assim como um vinho superexclusivo, que a gente teve que importar com bastante antecedência para chegar a tempo do festival. Uma banda específica pediu mais de 260 toalhas", revela.
Os pedidos especiais são feitos através de um protocolo, que precisa ser respeitado pelas partes. "A gente sempre tem um intermediário. Um produtor do artista que trata diretamente com a gente. É a pessoa que vai passar todas as demandas, e a gente faz o atendimento", conta Mariana.
Os 30 camarins do Rock in Rio já são naturalmente equipados para atender a demandas importantes dos artistas. Os espaços contam com sofás, poltronas, araras para roupas, mesas de centro, espelhos de corpo inteiro e bancadas de maquiagem.
Em entrevista ao jornal Extra, Zé Ricardo, vice-presidente artístico do Rock in Rio, revelou sua surpresa ao se deparar com pedidos cada vez mais singelos dos artistas.
"Teve quem disse: 'água, por favor' (risos). E a gente: 'Não quer um refrigerante?'. As demandas também são muito relacionadas à alimentação. Fulano é vegano, outro come tal coisa. Acho que cada vez mais os artistas estão entendendo que a participação deles nos festivais é mais um elemento na cena. E não é só o show dele ali. Estão aprendendo a jogar junto", refletiu.
No passado, claro, as coisas não eram tão simples. "Era comum no meio da lista ter, por exemplo, o pedido de 'uma Barbie negra'. Para que? Tinha esse folclore muito grande para testar se o contratante leu tudo", conta Zé.