Por causa de seu personagem em "Flor do Caribe", o ambicioso Hélio, Raphael Viana tem experimentado algo inédito em sua carreira: ser hostilizado nas ruas. "Certa vez, uma senhora me abordou e me xingou muito. Falou que era um absurdo um filho tratar os pais daquela maneira e quase me bateu", contou o ator, em entrevista ao site da novela das seis da TV Globo.
Quando recebeu o convite para o papel, Raphael já sabia do caráter dúbio do personagem, mas nunca pensou que ele se tornaria um verdadeiro vilão. Nos últimos capítulos, o executivo assumiu a tentativa de assassinato de Samuel (Juca de Oliveira) e, no início da novela, deixou o próprio pai, Donato (Luiz Carlos Vasconcelos), ir para a prisão no seu lugar por causa da morte de um casal de turistas.
"O Hélio está descompensado. Ele tinha a meta de subir na vida e perdeu completamente a noção", avaliou. "Essa coisa dele humilhar as pessoas, as brigas com a família, tudo isso me deixa muito tenso no final e preciso de um tempo para respirar".
Ao mesmo tempo, interpretar um vilão é um desafio na carreira que ele tem aproveitado ao máximo. "É tão prazeroso para um ator ter um texto deste em mão, que você fica empolgado e quer fazer. Eu fico louco com as cenas do Hélio", disse, sem prever o final de Hélio. "O que os autores decidirem será ótimo. Tudo o que eles fizeram foi maravilhoso. Foi muito coerente o desenho do personagem".