Rafa Brites está na Disney curtindo as férias com os filhos e o marido, Felipe Andreoli, após a chegada do jornalista da cobertura da Copa do Mundo, no Catar. Em seu Instagram, a apresentadora explicou aos seguidores, com quem adora interagir, a razão de não ter levado uma babá para acompanhar a família em Orlando (EUA).
"Quantas mensagens vocês vão me mandar perguntando o motivo de eu não ter chamado uma colaboradora para me acompanhar na viagem? Recebi mais de 200 DMs sobre isso", relatou a mãe de Rocco, de 5 anos, e Leon, de 10 meses.
"Primeiro, não estou fazendo nada demais. Isso é uma questão muito complexa da branquitude e da mulher dentro de uma elite. É como se a pessoa fosse inapta. Não sei lavar uma roupa, uma louça, limpar um banheiro, cuidar de duas crianças e trocar uma fralda? Tenho prazer em fazer isso com minha família", afirmou.
Rafa Brites também comentou sobre a realidade de algumas mulheres que dão conta das tarefas domésticas e dos filhos.
"Não romantizo porque, não vou ser hipócrita, no cotidiano, eu não faço. Já fui uma pessoa que falava 'que mulher!'. Não. É falta de rede de apoio, desse parceiro que não ajuda na casa, desse governo que não dá uma creche decente para você ter segurança... são várias questões", acrescentou.
"Recebi várias vezes na minha caixinha de perguntas 'Nossa, você está indo de econômica?'. Juro. É como se tivesse um imaginário em cima das influenciadoras. Eu tento não criar. Mesmo se você tem oportunidades financeiras, dar do bom e do melhor não é só aquilo que o dinheiro compra, mas fazer essa criança entender quem ela é, ter autonomia, saber se virar, olhar o mundo ao redor", falou.
"É um desafio. Sem romantizar a pobreza, nada a ver com isso. Mas é criar crianças aptas a viver. Até porque a criança vê inaptidão nos próprios pais. 'Esse cara não sabe lavar uma louça e uma roupa?'. Meu maior medo como mãe é criar uns bobões, ainda mais que tenho dois filhos homens. E, gente, estou na Disney. Olha o país em que a gente vive. Isso aqui já é o privilégio do privilégio. Isso é uma coisa bem brasileira, de resquício da escravidão... É quase um fetiche ter pessoas te acompanhando", completou.