A ideia de que um smartphone poderia substituir o trabalho de um fotógrafo é superada. Junto com a evolução dos celulares, vêm os incrementos tecnológicos nas câmeras fotográficas e em seus acessórios, sem contar os aspectos mais subjetivos da profissão, como o olhar artístico e a sensibilidade para captar a essência do objeto ou da pessoa fotografada.
Quem explica é o fotógrafo Igor Azevedo, conhecido como o número 1 das debutantes e criador da marca O Poder da Foto. "Hoje tem que fazer um bom trabalho, não há tempo para ser amador, tem chegar fazendo algo bem feito, o público é muito exigente e não há espaço para erros".
Igor começou a trabalhar aos 14 anos com uma câmera semiprofissional e hoje, aos 26, tem um rendimento realizando ensaios dentro e fora do Brasil de jovens de 15 anos. Ele lista as características que leva um profissional a ter sucesso neste meio. Confira!
Atualização constante
Vivemos em uma era tecnológica, todos os dias surgem câmeras, equipamentos e programas de edição. Bem como as modas surgem e desaparecem constantemente devido à velocidade das redes sociais. Por isso, não há como sobreviver se não estiver conectado às novidades.
Sempre se conectar com o cliente
Não adianta dominar os equipamentos e programas se não souber o que o cliente busca. "Meu atendimento é individualizado, não trato jamais o cliente de forma genérica", explica Igor. Isso significa estudar quem será fotografado.
Estilo, gostos, tudo ajuda na composição do cenário ideal. Pequenos detalhes, como a luz, ajudam a compor esse mosaico e podem fazer do ensaio um sucesso ou um fracasso: "Enquanto fotografo, faço muitas perguntas, como gosto musical, hobbies, pois tudo isso ajuda no resultado final".
Gere experiências
Igor ganhou o coração das adolescentes e de suas famílias por ir além dos cliques: ele cria experiências. A entrega do álbum é repleta de experiência sensoriais, como cheiros e músicas, bem como os conceitos trabalhados por meio do cenário, roupas e maquiagens remetem a um mundo de sensações.
"A fotografia é uma joia para toda a família, é a eternização de um momento, portanto, ela deve ser valorizada", afirma.
Busque naturalidade
Igor faz poucos retoques e evita efeitos digitais. Isso garante que seu trabalho se torne atemporal. "Não mudo a cor de uma árvore, por exemplo. Ela já é naturalmente linda, da mesma forma que não crio nada artificial", comenta.
"Se me pedem uma fogueira, vamos e acendemos uma fogueira, se querem um ensaio no nascer do sol, marcamos de madrugada para captarmos as luzes do raiar do dia", revela.
Esteja disposto a investir
Os equipamentos são caros e um iniciante pode não ter condições de comprar, mas adquira o melhor que puder dentro do seu orçamento.
"Comecei com uma câmera semiprofissional que comprei no cartão de crédito de uma conhecida, pois eu não tinha dinheiro. Hoje posso investir mais. Comprei duas tochas (flashes) que custaram R$ 21 mil, uma lente pode custar R$ 18 mil, a minha câmera custa cerca de R$ 15 mil".
Tenha seguro dos equipamentos
Já pensou comprar uma câmera de 20 mil e ser roubado? Ou então deixá-la cair no chão e quebrá-la no primeiro uso? Isso tudo pode acontecer com qualquer um, portanto, seguro é algo obrigatório. Inclua no preço do seu serviço o custo do seguro, pois é um investimento. Faça contra roubos, quebras e quedas na água.
"Todos os meus equipamentos têm seguro", afirma Igor. Vale lembrar que toda empresa, mesmo que seja um microempreendedor, precisa de um planejamento estratégico. "Hoje, no Brasil, 6% das empresas têm planejamento estratégico. Para se ter sucesso é necessário ter esse planejamento, saber pontos fortes, fracos, métricas", aconselha.