Aos 60 anos, Marcos Palmeira engata mais um trabalho no gênero que o consagrou. Novamente em uma obra de Benedito Ruy Barbosa, o artista dará vida a um personagem rural. Desta vez, será o protagonista José Inocêncio no remake de 'Renascer', que estreará em 22 de janeiro, substituindo 'Terra e Paixão'.
Na coletiva de imprensa de 'Renascer', realizada nesta manhã, 9, integrou os atores da segunda fase da trama (a conversa com a equipe do início da novela aconteceu em dezembro). Durante a entrevista, o artista teve a oportunidade de comentar as características da produção.
Na novela de Bruno Luperi, neto de Benedito, o contratado da Globo dará vida ao inverso da primeira versão, sendo o pai amargurado, e não o filho rejeitado. Para o veterano, é uma grande oportunidade de mostrar um novo 'Renascer'.
"O filho espelhado é o mais rejeitado. Na verdade, ele não consegue se desligar, essa é uma coisa psicológica. Agora é o contrário, sou o pai rejeitando o filho. É um novo Renascer, que pode ser daqui a uns 15 anos uma nova versão", comenta o ator sobre as características da trama.
Nesse sentido, o ator diz que cria o personagem sem qualquer interferência de sotaques e costumes da versão original. "Tô completamente livre, não tenho preocupação de diferenciar sotaque, mas sim de ir nessa relação com João Pedro e Maria Santa", ressalta.
Marcos Palmeira também disse que não tem problemas em comparar seu trabalho com o deAntônio Fagundes , e com seu trabalho anterior, 'Pantanal'. "Não tô armado com isso. Comparação vai existir, mas não vejo o Zé Leôncio no José Inocêncio. O Inocêncio foge do estereótipo de coronel, ele é um coronel que mete a mão na massa, pois ele tem uma equipe onde todos são parceiros. Isso vem da agrofloresta, ele não pode se colocar nesse lugar de patriarca. O Fagundes figurou naquele coronel de 30 anos atrás e colocou o personagem em outro lugar."