Camila Mayrink está prestes a ver a grande virada de sua Joana da novela "Jezabel". Na produção, a filha rebelde de Obadias (Juan Alba) deixa o palácio em Midiã seduzida por Sidônio (Pedro Lamin) e acaba se tornando prostituta. Ao Purepeople, a atriz indica que consegue defender a atitude da jovem. "Ela vê a prostituição como forma de sobrevivência. Ela é enganada e abandonada pelo Sidônio, briga com a família, e se sente sozinha no mundo. Foi a forma que ela encontrou de se reerguer", enumera. A jovem conta ainda ter sido pega de surpresa com o destino de Joana na trama de Cristianne Fridman, cujas gravações já foram encerradas. "Nessa preparação, não conversei com nenhuma garota de programa. Acabei seguindo a minha intuição e o fluxo da personagem. E, claro, com a ajuda das nossas preparadoras de elenco", completa citando Fernanda Guimarães e Suzana Abranches. "Mas já tive a oportunidade de conversar com algumas garotas de programa em outros processos como atriz, isso me ajudou a dar mais profundidade da Joana", pondera.
Aos 25 anos e nascida em Belo Horizonte, Camila está em seu segundo trabalho seguido na Record TV após dividir com Ana Paula Tabalipa o papel de Asisa em "Jesus". Antes, fez participações em outras novelas e estrelou um comercial de sandálias de borracha ao lado de Chay Suede. Fazendo mistério, ela não revela o que acontece com a irmã de Samira (Laís Pinho) após começar a se prostituir, mas garante: "Teve uma cena em específico, que foi a mais difícil pra mim até hoje como atriz, mas não posso contar agora pra não dar spoiller". E destaca a sintonia do elenco, que gravou boa parte das cenas no Marrocos. "Tivemos uma equipe muito boa, o que fez com que tudo fluísse muito bem. Me divertia muito em cena, principalmente nas cenas da taberna, quando contracenei com o Eduardo Lago (Phineas)", aponta, optando por não dar um castigo para a filha de Obadias se pudesse. "Acho que a própria vida vai nos mostrando aonde precisamos evoluir. Espero que Joana amadureça e aprenda com seus erros", indica.
Ao ser questionada se nota uma característica em comum com sua personagem, uma serva idólatra e com sede pela riqueza, a atriz é enfática. "Somos intensas, mas, com certeza, com desejos, valores e ambições muito diferentes uma da outra", afirma. Solteira e ex-namorada de Arthur Aguiar, com quem se relacionou por pouco mais de um ano, entre 2015 e 2016, admite ainda ter tido uma fase rebelde quando adolescente. "Cheguei a dar um pouco de trabalho para os meus pais e, por isso, algumas vezes fiquei de castigo. Mas o diálogo sincero sempre foi presente na minha família. Ao contrário da Joana, eu os escutava. Hoje em dia, eu e meus pais achamos graça lembrando de episódios dessa minha fase", recorda.
Morando sozinha desde os 18 anos, quando trocou Minas pelo Rio, Camila não precisou se dedicar às tarefas de casa durante a sua segunda passagem pelo Marrocos porque os atores ficaram hospedados em um hotel. "Acabou sendo uma experiência única e fizemos do elenco uma família", vibra ela, que recorreu a ligações diárias para driblar a saudade dos parentes, algo a qual recorreu também Leo Cidade. "Mas estou acostumada porque moro longe há muitos anos", frisa afirmando que não sente tanto o choque cultural no país africano. "Sem dúvidas, é uma cultura muito forte e diferente da nossa. Na primeira viagem, senti mais. Nessa segunda, fui mais tranquila e preparada, e até já fizemos amigos por lá", conclui.
(Por Guilherme Guidorizzi)