Anitta sempre dá o que falar com suas declarações sinceronas e suas aparições: nesta semana, a cantora dividiu sua rotina de skincare nas redes sociais e revelou usar um produto feito com plasma, componente do seu próprio sangue.
Ao Purepeople, o médico Igor Igor Manhães, da clínica Les Peaux, conta mais sobre as aplicações do plasma sanguíneo no skincare e revela porque o produto usado pela artista - responsável pelo show de abertura da Champions League no sábado - é proibido no Brasil.
"A absorção desses fatores de crescimento pela pele é controversa. Mas na inclusão desses no skincare, a pessoa deve ter uma formulação individualizada e o produto, seja sérum, creme ou outro formulado com seu próprio plasma e outros ativos", conta.
Além do creme usado por Anitta, outra prática recorrente no mundo das celebridades do exterior é o Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil. "A infusão de plasma rico em plaquetas consiste em procedimento médico. Ou seja, depende de processo de regulamentação dos órgãos reguladores de cada país, FDA ou Anvisa", indica.
No Brasil, a aprovação de procedimentos estéticos costuma ser maior do que nos Estados Unidos, mas esse, em questão não foi aprovado ainda. "Apesar disso, o PRP já foi aprovado lá e não aqui. Isso se dá por processo burocrático que as vezes é influenciado pela indústria farmacêutica. Lembrando que aqui falamos do procedimento médico de prática injetável, diferente da aplicação tópica do plasma", reforça Dr. Igor.
O dermatologista explica que o sangue humano é composto por plasma e hemácias. "No plasma temos diversos tipos de proteínas, dentre essas, algumas são chamadas de fatores de crescimento. A fisiologia do processo se dá no momento que ofertamos uma maior quantidade concentrada desses fatores melhoramos o ambiente molecular das células ao redor", indica.
"Assim promovemos a ideia de rejuvenescimento da pele e recrutamento de folículos pilosos quando tratamos alopecia. Como o procedimento é autologo, ou seja, o que se aplica é do próprio paciente, ele não tem por que apresentar malefícios. No máximo, a apresentação tópica, pode não apresentar resultado nenhum, já que não existem estudos conclusivos nesse sentido", completa o médico.
E qual a recomendação para as pessoas que ficaram curiosas com a técnica feita por Anitta? "Aguardar estudos que comprovem a eficácia do uso tópico do PRP como já existe para o injetável. Especialmente porque sempre se tratará de procedimento de formulação de alto custo pela exclusividade e complexo processamento", analisa.