Paolla Oliveira mudou completamente para viver a policial e lutadora de MMA Jeiza em "A Força do Querer". A atriz mudou a cor do cabelo, que ficou mais loiro, e também o corpo com os treinos de jiu-jítsu. Empoderada para viver a personagem na trama de Glória Perez, a atriz completa 35 anos nesta sexta-feira (14) realizada. "Eu acho que posso tudo. Posso ser quem eu quiser, ter as minhas opiniões. Acho que só de a mulher ter essa coragem, ela já está cheia de poder", opinou em entrevista à revista "Joyce Pascowitch".
Na opinião da atriz, adepta de uma dieta especial para interpretar a atleta em seu novo trabalho, o passar dos anos trouxeram segurança. "Quer saber, quando me olho no espelho me acho linda sim. Ah, as pessoas falam: você tá bonita, linda. Só eu que vou falar que não? Tô sim. Tô me sentindo ótima. Muitas vezes não me achei, talvez até por influência das pessoas. Hoje em dia sou mais segura", explicou a atriz, ainda sem planos de subir ao altar com o diretor Rogério Gomes, conhecido como Papinha.
E, engana-se quem acha que, por ser a única herdeira mulher, ela teve um tratamento diferenciado em casa. "A gente era tratado tudo igual. Eu até falava às vezes: 'Pô, mas eu sou menina'", relembrou, a artista, valorizando - tal como sua colega de trabalho Isis Valverde - a importância do feminismo: "A mulher veio de uma batalha muito severa, não podia conhecer seu próprio corpo, seu emprego mais bacana era ser secretária de um homem bonito e talvez casar com ele um dia. A gente ganhou muito".
Paolla ainda foi questionada pela publicação sobre sua opinião diante do discurso do presidente Michel Temer que, no Dia da Mulher. À época, ele afirmou que as mulheres eram as mais capazes de "indicar os desajustes de preços em supermercados e identificar flutuações econômicas no orçamento doméstico". "O que ele falou só veio reforçar o que tem no inconsciente coletivo de alguma maneira. A gente está cutucando algo que está muito internalizado, que é o machismo, a posição da mulher. No fim das contas, ele falou o que muita gente pensa ainda. É um retrocesso, sem dúvida", argumentou.
(Por Marilise Gomes)