
Nesta terça-feira (21), a cantora Lexa foi internada em estado grave devido a um quadro de eclâmpsia. A artista, que em setembro de 2023 anunciou o término de seu relacionamento com MC Guimê, está hospitalizada em Unidade de Tratamento Semi-Intensivo para estabilizar o quadro de saúde, que representa um alto risco tanto para ela quanto para o bebê.
Após a internação, a cantora comunicou em suas redes sociais que estava desistindo de desfilar como Rainha de Bateria da Unidos da Tijuca para priorizar sua saúde e a de Sofia, que está prestes a nascer.
A eclâmpsia é uma complicação grave da hipertensão arterial na gravidez. De acordo com o Hospital Estadual de Formosa (HEF), a condição se caracteriza pelo aumento da pressão arterial que geralmente ocorre após a vigésima semana de gestação, normalmente no terceiro trimestre. A eclâmpsia pode levar a convulsões e outras complicações graves para a mãe e o bebê.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das gestantes enfrentam a hipertensão arterial durante a gravidez. A condição pode variar em gravidade, desde casos leves até quadros mais graves, como a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia, que exigem atenção médica constante.
Para Mariana Landim, médica coordenadora do Centro Obstétrico do HEF, é essencial que as gestantes fiquem atentas a sintomas como aumento da pressão arterial, dores de cabeça persistentes, alterações visuais, dores abdominais e inchaço nas mãos, pernas ou pés:
"Os sintomas podem variar entre o aumento da pressão, dor de cabeça, alteração visuais, dores abdominais e inchaço nas mãos, pernas ou pés. É fundamental que a gestante reconheça esses sinais e procure um médico imediatamente, pois a hipertensão arterial durante a gravidez requer monitoramento e cuidados especiais para garantir a saúde da futura mãe e do seu filho."

A detecção precoce da hipertensão arterial durante a gravidez é crucial para proteger a saúde materna e fetal. A falta de tratamento adequado pode representar riscos significativos, incluindo parto prematuro e complicações cardiovasculares.
Além do acompanhamento médico rigoroso, a adoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas adequadas, desempenha um papel essencial na prevenção da hipertensão.
A médica Mariana Landim destaca que boas práticas alimentares devem ser adotadas desde o início da gravidez. No primeiro trimestre, devido aos enjoos frequentes, é recomendável fracionar as refeições e evitar longos períodos sem comer. Já no segundo trimestre, a alimentação deve ser diversificada, com frutas, verduras e um aumento da ingestão de água. No terceiro trimestre, é importante reduzir o consumo de doces e carboidratos, priorizando proteínas para ajudar no desenvolvimento final do bebê.
O acompanhamento pré-natal regular é essencial para garantir uma gestação saudável, especialmente em casos de hipertensão. Medidas preventivas, como o diagnóstico precoce e uma dieta balanceada, ajudam a reduzir os riscos e promovem uma gravidez mais segura e tranquila.