Sem dar descanso aos seus inimigos, Clara (Bianca Bin vai desmascarar Samuel (Eriberto Leão) na novela "O Outro Lado do Paraíso". A protagonista da trama das nove levará Adnéia (Ana Lucia Torre) até o hotel em que o psiquiatra que ajudou a vilã Sophia (Marieta Severo) a interná-la em hospício está se encontrando com Cido (Rafael Zulu). As cenas previstas para irem ao ar dia 2 de janeiro foram adiantadas pelo colunista Daniel Castro.
Com apoio de Patrick (Thiago Fragoso) e também de Renato (Rafael Cardoso), a milionária descobre o caso extraconjugal que Samuel mantém com o motorista da família de Gael (Sergio Guizé), amante a quem o médico dá dinheiro para que ele presenteie outras mulheres. Para conseguir se vingar, Clara fica amiga de Adnéia e de Suzy (Ellen Rocche) e as convida para um jantar que, na verdade, acabará na casa em que Samuel aluga para poder ter seus encontros secretos. A enfermeira do hospital recusa a saída com a sogra e a nova colega, mas a dona de casa acompanha a rival de Sophia - que será presa após denúncia por usar trabalho escravo no garimpo.
Clara se encaminha para o prédio de Samuel, onde Renato já terá dado dinheiro aos funcionários para subir ao quarto quando o casal homossexual fizer pedidos à cozinha. "Posso pedir um sanduíche?", pergunta o noivo de Irene (Luciana Fernandes). "Pede dois. Hambúrguer, para ficar bem forte", orienta o funcionário do hospital. E é então que Adnéia chega ao edifício e desconfia de que algo está errado: "Não vejo nenhum restaurante. Onde é?" "Eu tenho que falar um minutinho com uma pessoa. Me faça companhia, dona Adnéia. Vamos ao apartamento 701", responde Clara, se dirigindo à recepcionista: "Faça a gentileza de não anunciar. Quero fazer uma surpresa".
As duas mulheres chegam à porta e são recepcionadas por Samuel, que usa apenas uma calcinha feminina, cílios postiços e batom. Adnéia analisa o traje do filho dos pés a cabeça e, ao constatar que o filho leva uma vida dupla e se relaciona com outros homens, cai desmaiada. "Mãezinha. Acorde, mamãe. Acorde", pede o médico, desesperado. A dona de casa abre os olhos e ele a questiona: "Mãezinha, está melhor? Vou levá-la ao hospital". "Antes de qualquer coisa, Samuel, tire o batom, os cílios e essa calcinha. Ou é assim que vai aparecer no hospital? Que vergonha", responde a idosa, exaltada.
No capítulo seguinte, Samuel mente ao dizer que estava brincando ao usar acessórios de mulher, mas Adnéia o interrompe. "Eu sei perfeitamente o que vi, tou velha, mas ainda sei a diferença entre uma calcinha e uma cueca. Eu sempre soube. Sempre soube não querendo saber. Cê nunca foi como teus irmãos. Uma vez ouvi um comentário da vizinha, falou alguma coisa de você. Cortei a amizade com ela. Respondi: 'Meu filho é macho'", conta a sogra de Suzy. "Não queria aceitar. Queria que fosse um homem como os outros, que tivesse uma família. Limpe essa marca de batom perto dos lábios, faz favor. Me irrita só de ver", pede. O filho, envergonhado, se desculpa com Adnéia, mas a mãe o surpreende: "Perdoar? Cê consegue ser de outro jeito? Portanto, eu vou perdoar o que, se é como é? Talvez cê tenha que me perdoar. Por não ter te entendido. Não é o dever de uma mãe compreender e amar o filho?" Antes de acolher e dar um abraço maternal em Samuel,ela declara: "Samuel, eu deixei você casar com aquela enfermeira ridícula. Praticamente te obriguei. Cê continua sendo meu filho. Meu filho".
(Por Carol Borges)