Novela "Gênesis" vai levar o público para Sodoma e Gomorra em sua quinta fase, que estreia nesta segunda-feira (29). Nessa nova etapa da trama bíblica, uma das personagens que será apresentada é Paltith, vivida por Polliana Aleixo. A jovem é filha de Ló (Emilio Orciollo Netto) e Ayla (Elisa Pinheiro), irmã de Tamires (Debora Ozório) e neta de Harã (Ricky Tavares), morto ao rejeitar fornecer comida aos pobres de Ur, e irá se relacionar com o pai ao longo da história, conta a atriz em entrevista ao Purepeople.
"A Paltith faz parte de um contexto bíblico bem conhecido, sua mãe, a Ayla, vira uma estátua de sal na fuga da família de Sodoma, e ela teve relações com o próprio pai, Ló, pensando que seria a única alternativa para continuar a linhagem da família. Eles achavam ser os únicos sobreviventes no mundo", explica Polliana, em seu segundo trabalho na Record TV. Criada em Sodoma, Paltith é contra os relacionamentos abertos, algo comum naquela cidade, e idealiza uma relação monogâmica.
Ao ser questionada sobre a personalidade de sua nova personagem, a atriz de quase 25 anos descarta pontos em comum entre elas. "Acredito que temos mais diferenças do que semelhanças, acho que a maior delas é o egoísmo. A Paltith pensa nas vontades dela antes de qualquer coisa, é ambiciosa, gosta do que convém e eu sou o oposto de tudo isso", frisa Polliana.
Já sobre a relação da jovem com a irmã, Tamires, a artista aponta: "Até certo ponto, a Paltith influencia a Tamires, sim (em ter um casamento monogâmico). Aquela influência de irmã mais velha, normal mesmo, mas elas acreditam em coisas em comum quando tomam a decisão juntas". E Polliana vibra ainda com o processo que passou para compor sua nova personagem.
"Foi de muito estudo o processo de construção, primeiramente, de tempo, cultura e história, para então pensar na personagem de forma mais individual. No processo de pesquisa, encontrei vários quadros sobre a cena da caverna onde as filhas se relacionam com o pai, li artigos sobre todo o contexto sociopolítico e cultural da época e li sobre a época pré-moral, tivemos aulas com historiadores e arqueólogos, é um processo diferente e muito enriquecedor contar uma história que existe", comemora.
E para esse novo trabalho, Polliana vai surgir com uma mecha colorida na cabeça. "Adoro mudar de visual, principalmente para personagem. Como atriz, vejo nosso corpo como ferramenta que deve ficar à disposição do que as personagens pedem", opina.
"Esse trabalho de caracterização é muito importante, e por ter essa consciência desde cedo, não tenho apego com uma aparência e visual específico. Até sugeri na época de pintarmos mesmo, mas como é apenas uma fase da novela e em seguida em vou emendar num trabalho para o streaming, a produção optou por usarmos aplique. Amei o resultado final!", acrescenta.
Namorando há cerca de um ano Albino Santos, a quem conheceu na época da escola, e com um currículo que inclui novelas como "A Vida da Gente" (2011, atualmente em reprise), "Em Família" (2014) e "Jesus" (2017), a carioca festeja a chance de rever seus trabalhos. "É a segunda novela que faço que está reprisando e acho que sempre vai ser um mix de sentimentos, é sempre nostálgico assistir e, às vezes, até traz memórias à tona, detalhes que às vezes se perdem", afirma.
"Adoro a Cecília (do folhetim das seis) e todas as oportunidades que tive de aprendizado nessa novela, estou muito ansiosa para chegar essa fase da história. Gosto de me assistir para me analisar, mas confesso que é estranho, não me reconheço. Mas no fim das contas isso é bom, não é? É meio que o objetivo. Faço isso há 14 anos e não me acostumei, mas eu tento só avaliar e entender o que posso explorar mais, aprimorar, não sofro pelo o que passou ou algo assim, acho importante aprender e olhar para frente. Gosto de me arriscar, então estar segura não é exatamente minha prioridade", finaliza.
(por Guilherme Guidorizzi)