Paloma Duarte dividiu a cena com a mãe, Débora Duarte, na série "O Grande Pai" (SBT, 1991) em seu primeiro papel fixo. Trinta e um anos depois, a atriz volta à TV na novela "Além da Ilusão", que estreia dia 7 na faixa das seis, dessa vez para contracenar com o avô Lima Duarte e dividir o papel de Heloísa com a filha Ana Clara Duarte. Na ficção, a tia de Elisa (Larissa Manoela) é obrigada pelo pai (vivido por Lima) a entregar a própria filha para adoção.
Em conversa com a imprensa, Paloma não esconde a satisfação do encontro em família no folhetim de época de Alessandra Poggi. "Minha cara fala tudo, não é? Eu ando arreganhando os dentes em tudo que é canto. A Alê e o Luiz (Henrique Rios, diretor-artístico) me deram esse presente de botar a família em cena. Contracenar com o meu avô foi algo que quis na minha carreira inteira", vibra a atriz de 44 anos e com 16 novelas no currículo.
"Nós nunca conseguimos, é a primeira vez e para sempre! Eu deitei e rolei", admite aos risos a artista comparada à Ana Clara pela semelhança física. "Fiquei muito feliz, gostoso demais, muito especial", resume Paloma, filha também de Antonio Marcos, cantor morto em 1992, a respeito da trama que gira sua história a partir do assassinato de Elisa.
Já vista em "Tropicaliente" (1994) e "Máscaras" (2012), Paloma destacou os temas que o folhetim de época vai retratar ao longo dos capítulos. "Discute reforma agrária, direitos trabalhistas, violência doméstica, infanticídio... Tem tanta coisa acontecendo!", lista. "Acho que a Heloísa me dá uma voz muito emocionante ao falar de ter uma filha, ela ser arrancada e entregue à adoção", completa a atriz.
"Com esse post da chamada da Heloísa já veio gente (na web) dizendo 'nossa, isso acontece tanto', 'tem tanta menina que passa por isso'. É um assunto relevante que transforma e deforma a alma de um ser humano. E o quanto isso abre uma possibilidade de desconstrução desse ser humano. As pessoas vão ter espaço de refletir sobre temas e se identificar com temas tão fortes e importantes, e vão conseguir fazer isso de maneira doce porque a novela vem acolchoada de afeto", reflete.
O folhetim de época vai abordar ainda a paixão platônica de Olívia (Debora Ozório, na segunda fase) e Tenório, o padre vivido por Jayme Matarazzo. De acordo com a atriz, os dois se aproximam por conta dos pensamentos que compartilham.
"A relação da Olívia com o padre Tenório tem propósitos parecidos em relação ao olhar para os outros. E isso faz com que eles se aproximem e criem uma relação de identificação e de troca", resumiu.