Nego do Borel falou pela primeira vez sobre seu passado com drogas no Morro do Borel, na zona norte do Rio de Janeiro, na última quarta-feira (10). Em entrevista ao jornalista Léo Dias, no "De Cara", da Rádio FM O Dia, o músico confessou que chegou a trabalhar com traficantes. "Passei 20 anos morando na comunidade. Infelizmente, a minha família não tinha condição boa. É uma família sofrida. Não tinha muita estrutura familiar. Não tinha roupa. Parei de estudar. Tive que trabalhar cedo. Infelizmente quem não tem estudo não tem muita abertura para trabalhar fora da comunidade", justificou o cantor, que passou por uma cirurgia na cabeça.
O funkeiro, que negou que o pai trabalha como flanelinha, disse que a família passou por momentos difíceis em sua adolescência. "Teve uma época que não ia para a escola e comecei a andar com uns moleques da comunidade. A gente acaba (indo para o tráfico) por conviver ali, por ter dinheiro fácil, por não conseguir trabalho. O tráfico chama."
Nego disse que começou a ficar assustado depois da morte de seus colegas. "Eu andava com seis moleques na comunidade. Hoje em dia os seis estão mortos. Só eu estou vivo. Fui no enterro de cada um. Eu vi aquilo e pensei 'caraca, meu Deus'. Quando você entra é tranquilo, o problema é sair", admitiu. O cantor, ironizado por exibir dentes branquíssimos, confessou que chegou a usar substâncias ilícitas nessa época. "Experimentei drogas, fumei maconha. Mas pensei 'vou parar. Não quero isso para mim'. E, graças a Deus, eu consegui."
Antes de namorar a modelo Julia Schiavi, Nego disse que tentou ficar com Anitta. No entanto, o músico desistiu depois de ter um momento bem íntimo com a cantora. "Nunca rolou nada. No começo eu queria dar uns pegas nela, sendo que depois ela começou fazendo cocô na minha frente e eu falei: 'Pô, agora não dá mais não!'. Toda bonitinha e eu naquele clima e começou a cagar na minha frente. Ah, perdi o encanto!", disparou.
(Por Tatiana Mariano)