Lançando o livro "Fazendo as Pazes Com o Corpo", Daiana Garbin está em tratamento há dois anos contra o transtorno alimentar não especificado, doença da qual a jornalista sofre desde a infância. Ao participar do "Encontro com Fátima Bernardes", nesta sexta-feira (27), ela falou abertamente sobre o assunto. "Transtorno não tem cura, mas hoje estou muito bem. Mas durante toda a minha vida usei de métodos compensatórios – eliminação forçada do que se come. É uma mistura de anorexia com bulimia, é um sofrimento muito grande com alimentação e eu nuca soube que tinha isso. A comida passa a amar sua vida. Você acorda e só pensa no que vai comer", relatou.
Daiana falou também presta apoio a mulheres que, como ela, também querem fazer as pazes com suas formas em seu canal do YouTube "Eu Vejo". "Eu demorei 20 anos para procurar ajuda médica. A gente duvida que tenha uma doença e que precisa de ajuda . A gente se culpa por ter um problema com a alimentação. É um sofrimento. Por isso faço esse trabalho, para alertar. Tem que procurar ajuda médica, não é bobagem. São doenças psiquiátricas", afirmou a mulher de Tiago Leifert, de quem recebeu ajuda para se livrar dos remédios para emagrecer: "Ele entendia, apoiava e dizia que eu precisava de ajuda. O apoio da família e do marido é muito importante."
Em recente vídeo publicado no Instagram, Tiago elogiou a luta de Daiana contra o transtorno alimentar compulsivo. "O trabalho da Dai é sobre a busca maluca atrás do corpo perfeito, a busca insana pela magreza. Você clica na lupinha do Instagram e tem uma bunda sem celulite, perfeita. E o que acontece depois que você vê um corpo perfeito? É a dieta maluca, o remédio, o jejum intermitente... Aí o que acontece? Você emagrece com a dieta maluca e ganha tudo de novo. E como não deu certo, você continua não gostando do seu corpo e fala 'o que faltou pra mim foi foco, força e fé'. O livro da Dai conta a história dela, tudo o que ela sofreu, tudo o que se machucou e o que aconteceu depois até hoje, quando ela se ligou do que estava fazendo de errado e aprendeu a respeitar o corpo. É surreal ver uma mulher que nem essa aqui, gata, falando do sofrimento com corpo. É surreal", disparou ele, criticando os padrões de beleza e a busca excessiva pela perfeição.
(Por Patrícia Dias)