A investigação a respeito da morte de "tio Paulo" pode ter ganho uma importante pista para detalhar se o idoso já chegou ou não sem vida a uma agência bancária de Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso ocorreu no último dia 16 e segundo peritos que analisaram as imagens das câmeras de segurança, Paulo Roberto Braga já estava morto ao entrar no local levado pela sobrinha Érika Souza Vieira Nunes, que segue presa há 10 dias.
Nesta quarta-feira (24), a polícia ouviu a gerente da financeira para onde Érika levou "tio Paulo" antes de ir com o aposentado até a agência bancária. Em seu relato a funcionária afirmou ter notado que o homem não apresentava condições de assinar nenhum documento. "Totalmente imóvel e com a cabeça virada para trás", relatou a gerente, diz o "g1".
Segundo ela, em um momento Érika, suposta sobrinha do idoso que não teve filhos e nem era casado, se referiu a "meu dinheiro" ao tentar liberar um empréstimo em nome de "tio Paulo", cujo sigilo bancário foi quebrado, revelando um importante detalhe.
Como na Crefisa, Érika não conseguiu liberar o empréstimo, ela questionou se era possível abrir uma conta ali e foi perguntada se o idoso poderia assinar um documento. "Acho que não", teria dito a cuidadora, agredida na cadeia no final de semana. Isso pode indicar que Érika teria notado a morte do "tio".
Na conversa, foi pedido a Érika algum documento que atestasse a incapacidade de Paulo fazer uma assinatura e a sobrinha do aposentado nada apresentou. Ela teria dito ainda que o empréstimo foi feito no Itaú e da financeira partiu para o banco, onde foi atestada a morte do homem.
Nesses 10 dias de investigação, Érika negou que soubesse da morte do tio, testemunhas afirmaram ter visto Paulo Roberto vivo antes dele ser levado ao banco, e o filho da acusada de furto e vilipêndio de cadáver saiu em defesa da mãe, afirmando que ela faz uso de remédios controlados e chegou a ser diagnosticada com depressão