Depois da triste notícia do falecimento do cantor e compositor Luiz Melodia e do humorista Paulo Silvino, velado e cremado no Rio de Janeiro, Rogéria foi mais uma artista brasileira a partir. Na noite desta segunda-feira (4), Astolfo Barroso Pinto, de 74 anos, morreu de complicações decorrentes de infecção urinária. De acordo com o biógrafo e amigo Mario Paschoal, ela faleceu as 22h15, no Hospital da Unimed-Rio, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Rogéria teve uma crise compulsiva e teve choque séptico.
Segundo o "G1", a famosa chegou a receber alta da UTI no último dia 25 de agosto, mas retornou para o hospital depois de apresentar piora. Mario afirmou que a atriz estava esperando uma melhora para poder realizar uma operação. Com o quadro se agravando, Rogéria apresentou problemas cardíacos e uma infecção generalizada. "Ela estava aguardando para fazer uma operação nos rins, mas o quadro se agravou. Ela chegou a ter problemas cardíacos. O empresário dela está cuidando de tudo. Engraçado que na primeira vez que ela foi internada, eu me preocupei muito. Dessa vez, estava mais tranquilo e aconteceu isso. Vai fazer muita falta", lamentou.
Nas redes sociais, Leandra Leal, diretora do documentário "Divinas Divas", que levou dois troféus no Prêmio Felix no Festival do Rio, anunciou na madrugada desta terça-feira (5) que o enterro será realizado na cidade Cantagalo, onde a amiga nasceu. "Informamos que a nossa amada Rogéria será sepultada em Cantagalo, cidade onde nasceu. O velório será amanhã, no Teatro Joao Caetano, de 11h às 13h para família e amigos e de 13h às 18h para todos. Obrigada por todas as orações e carinho", informou a mãe da pequena Júlia.
Intitulada como a "Travesti da Família Brasileira", a cantora iniciou a carreira fazendo maquiagem na TV Rio. Logo em seguida, foi reconhecida como símbolo gay e marcou na história por lutar contra a homofobia. Também atriz, ela começou no cinema "Enfim Sós... Com o Outro", em 1968, e o último foi "Divinas Divas", em 2016, como ela mesma. Nas novelas atuou em "Tieta", em 1989, "Paraíso Tropical", em 2007, e viveu uma atriz de teatro em "Lado a Lado", em 2012. Além disso, foi jurada de vários programas de auditório nas últimas décadas, de Chacrinha a Gilberto Barros e também Luciano Huck. Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, A Louca, em um enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público. No ano passado, lançou sua biografia "Rogéria – Uma mulher e mais um pouco, de Marcio Paschoal".
Lea T., modelo transexual, usou seu perfil na web para prestar homenagem à cantora e frisou a importância de Rogéria na sociedade, dizendo que ela se orgulhava por ser "a travesti da família brasileira": "Gratidão minha querida Rogéria. Você abriu as portas para todas nós. Sua essência vai ficar e sentiremos falta do seu lindo sorriso... você é luz". Veja mais famosos que se despediram da artista.
(Por Rahabe Barros)