Mayra Cardi, casada desde dezembro com o ator Arthur Aguiar, já foi vítima de assédio praticado por um parceiro no passado. Em conversa sobre empoderamento feminino, assunto muito debatido atualmente, a life coach revelou ter vivenciado violência doméstica com um ex-namorado e chegou a denunciá-lo, mas não teve apoio das autoridades no momento. "Eu fui abusada e sequestrada por um namorado, e posso te garantir que talvez esse seja o abuso mais recorrente e um dos piores. Na época, fui na delegacia abrir denúncia e nosso país, até então, dizia que brigas entre namorados eles não se envolviam. De lá para cá, as coisas mudaram. Um dos piores abusos é o psicológico. Às vezes, você é abusada diariamente e não entende que está sendo, porque ele é seu marido e você está tão doente emocionalmente que não vê solução", disse à revista "Glamour".
Diferentemente de atrizes como Agatha Moreira, declaradamente feminista, Mayra Cardi prefere não se nomear, mas defende a luta por igualdade entre os gêneros. "Não levanto bandeira de nada. Não sou isso e nem aquilo. Eu não gosto de títulos. Sou a favor da igualdade e tudo que é demais machuca. Sou a favor da mulher pegar quem ela quiser, ir para cama com quem ela quiser, sem ter fama de puta. O homem sai com todas e tem fama de garanhão e eu não acho isso nada legal. Sou a favor de sermos iguais de verdade. A vida é nossa e fazemos dela o que queremos", se posicionou a personal, assim como disse a atriz Chandelly Braz. "Sou a favor da mulher trabalhar. Sou a favor da mulher dividir as contas igualmente, no restaurante e em casa. Sou a favor de gente que gosta de gente. Não sou a favor de gente que se diz feminista e fala mal da amiga que está postando foto da bunda dela no Instagram. Sou a favor de gente que tem uma vida e deixa o outro viver a vida dele sem julgar. Sou a favor de pessoas que falam de coisas e odeio pessoas que falam de pessoas."
Para Mayra Cardi, que compartilha na internet momentos de seu relacionamento com o intérprete de Diego na novela "O Outro Lado do Paraíso", é necessário ter cautela no que diz respeito ao empoderamento feminino. "Acho muito necessário a mulher ser quem ela quer ser, fazer o que ela quiser fazer, sem ser julgada. Quando se diz direitos iguais são iguais mesmo. Só devemos cuidar para não confundir esse empoderamento com abuso de poder e agressividade com o próximo", declarou. "Para ser poderosa, não precisa ferir o próximo, não precisa desrespeitar. Acho que as mulheres são muito mais inteligentes que os homens, porque a nossa inteligência emocional é maior, e isso é uma grande arma para quem não sabe usar. A gente sabe que, no fim das contas, quem manda em tudo somos nós. Uma mulher manda em uma casa se ela quiser. Uma mulher manipula muito bem se ela quiser. Então devemos cuidar para usar esse empoderamento, que podemos e devemos ter, da maneira correta e digna, para que isso não seja abusivo e respeite o outro", concluiu.
(Por Carol Borges)