Maitê Proença participou da coletiva de imprensa do filme "Primeiro Dia de Um Ano Qualquer" nesta sexta-feira (16), no 41º Festival de Cinema de Gramado. A atriz, em plena forma aos 55 anos , contou que muitas cenas acabaram sendo criadas a partir do que ela, o diretor, Domingos Oliveira, e a equipe, conversavam entre si.
A artista, que lançou um livro em maio deste ano, também comentou que todo o filme foi rodado em sua casa e, sendo assim, em função da convivência diária com mais de 80 pessoas que faziam parte da equipe, a cerimônia e a solenidade para recebê-los acabou indo embora com o tempo. "Atuar era a última das minhas preocupações porque tudo aquilo aconteceu dentro da minha casa e eu só abri porque era o Domingos. Para entrar em cena, era meio de 'sopetão'. Não tinha uma preparação do tipo 'ah, agora eu vou entrar como atriz'. Então a gente se divertiu muito", contou Maitê Proença.
Guilherme Fiúza, um dos atores do longa-metragem, falou sobre o diretor, a quem chamou de filósofo: "O Domingos consegue fazer um trabalho nesse filme que é um flash da vida como ela é. Esse filme me lembra muito uma frase do John Lennon: 'a vida é aquilo que acontece quando você está fazendo planos'".
Domingos Oliveira falou que o filme tem muitos elementos do teatro. Segundo ele, todo filme bom está contaminado pelo teatro. O diretor comentou ainda sobre a importância das produções cinematográficas: "Um bom filme é aquele que ajuda o espectador a viver, que ensina coisas que ele não sabia. É um bisturi que alcança regiões humanas. O cinema explica a vida em sua profundidade, é a compreensão do mundo. O cinema tem potência social".