Leonardo lançou na noite desta quinta-feira (07) sua biografia "Não Aprendi Dizer Adeus", na livraria Saraiva, do Shopping Village Mall, no Rio de Janeiro. Alguns artistas foram prestigiar o cantor sertanejo e pegar seu livro autografado, entre eles, Regiane Alves, Lisandra Souto o e Daniela Escobar.
Narrado em primeira pessoa, o livro conta em detalhes a história de vida e carreira do cantor, desde o início da dupla Leandro & Leonardo, passando pela morte do irmão até o acidente do filho Pedro Leonardo, ocorrido em abril de 2012. A obra foi escrita pelo jornalista Silvio com base nos depoimentos do cantor.
Inicialmente, a história de Leonardo viraria filme, mas, por questões burocráticas, a ideia foi abandonada. O sertanejo, então, ficou resistente com a ideia da biografia. "Só aceitei porque garantiram que tudo o que eu fosse contar estaria no livro, sem florear", explicou.
Em meio à polêmica envolvendo as biografias não autorizadas, Leonardo diz ser contra a esse estilo de livro. "Uma biografia não autorizada seria mentirosa. "Contando coisas que não existiram, com certeza eu seria contra. As coisas têm que ser conversadas. Entre o biógrafo e o biografado tem que haver uma concordância. Porque é a mesma coisa que dormir na cama dos outros sem avisar", disse ele.
Polêmica
Recentemente, Roberto Carlos deu uma entrevista ao "Fantástico" e disse ser a favor das biografias não autorizadas, mas "com certos ajustes". A declaração iniciou um mal estar entre o cantor e os demais artistas do grupo "Procure Saber", ocasionando a saída de Roberto da associação.
O grupo "Procure Saber" foi criado no primeiro semestre de 2013 com a meta de brigar por mudanças na administração dos direitos autorais no Brasil. Desde outubro, a associação vem se manifestando contra à mudança no artigo do Código Civil que permite que biografados proíbam a publicação de biografias quando elas "lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais".
A mudança foi solicitada em uma ação movida pela Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) no Supremo Tribunal Federal (STF). Por causa dessa ação, uma audiência pública será realizada em Brasília, nos dias 21 e 22 de novembro, antes que os ministros do STF decidam sobre a questão.