Kelly Key revelou já ter sido vítima de assédio. Em meio a acusações de Duda Reis contra Nego do Borel, o abuso foi um dos assuntos levantados por Serginho Groisman no "Altas Horas", deste sábado (16) e a artista foi uma das convidadas para o bate-papo realizado de forma remota.
Kelly Key contou que poucas foram as vezes que foi assediada durante sua carreira, mas a fala de um diretor de TV a marcou:
"Todas as mulheres já passaram por isso. A maioria. A gente nunca fala sobre, porque somos oprimidas. Graças a Deus, sempre tive muita sorte. Eu tive poucas experiências como essa. Mas já estive na televisão e aconteceu de diretor receber foto minha, de divulgação, de vestido e eu chegar no programa de calça jeans, e ele falar: 'Não, eu chamei uma cantora que usa saia'. Durante muito tempo foi desagradável conviver com isso. Parece que a gente está tendo sempre que provar algo a alguém!.
"Isso te reprime, porque você não dança mais da mesma maneira, não se veste mais como gastaria. Mas aí chega a maturidade e você começa a entrar numa 'vibe' de que não precisa mais provar nada para ninguém. Nós, meninas do pop, usamos muito o corpo com a dança, e a sensualidade está no palco. Como o corpo da mulher sempre foi muito sexualizado, as pessoas não achavam de bom tom. Achavam minhas músicas ousadas. Se isso tivesse me afetado quem seria eu hoje?", frisou Kelly.
O funkeiro Nego do Borel está proibido de se aproximar de Duda Reis após sentença da juíza Danielle Galhano Pereira da Silva com base na Lei Maria da Penha.
O funkeiro foi acusado pela ex-noiva de agressão, lesão corporal, ameaça com faca, injúria, estupro de vulnerável, transmissão de HPV (infecção sexualmente transmissível) e ameaças de morte contra ela e seus pais, Simone de Carvalho Reis Barreiros e Luiz Fernando Luz Barreiros.
Passando temporada com a família em Portugal, Kelly Key não esconde as saudades da filha mais velha, Suzanna Freitas, fruto de sua relação no passado com Latino.
A cantora afirma que estará de volta ao Brasil no próximo mês.
"Faço muitas viagens ao longo do ano. Estou sempre transitando entre Angola, Portugal e Brasil, que são os três países que eu tenho casa. Quando a pandemia começou, eu estava no Brasil e, no primeiro momento, eu sentia que os brasileiros estavam respeitando as recomendações. Eu estava dentro de casa. Como o cenário da música ficou muito afetado, eu tinha recém-lançado um álbum e a minha estrutura para shows não iria acontecer, a gente achou que estaria produzindo muito mais em Portugal", disse.
(Por Rahabe Barros)