Kéfera faz sua estreia nas novelas em "Espelho da Vida". Enquanto foca na atuação, a atriz vem diminuindo o número de vídeos no Youtube. Em conversa com o Purepeople, a youtuber conta que não pensa em deixar a plataforma, mas transformar o conteúdo do canal: "Acho importante estar presente até porque tem uma legião de pessoas que me seguem e não quero que elas se sintam abandonadas. Estou passando por uma mudança de comportamento e cada vez mais envolvidas em causas. Quero ajudar as pessoas a cuidar da saúde mental, física pela saúde e não pelo estereotipo de um padrão criado. Mas se tenho tanta gente me seguindo posso falar alguma coisa útil ao invés de só ficar publicando conteúdos vazios que não adicionam na vida de ninguém".
Segundo a artista, sua intenção é trazer conhecimento para os fãs: "Quero agregar e que as pessoas parem para pensar e tenham um momento que reflitam um pouco mais sobre algum assunto. Ou que se cuidem mais por estar ansiosos. Coisas que sejam úteis". Kéfera entrega que tem passado por mudanças pessoais: "Tem muito a ver com a minha idade. Mas o que digo sobre ser útil e não só publicar cosias vazias é porque na época que eu tinha 17 e comecei no youtube não tinha nada que me interessasse e me engajasse e enterrasse de causas sociais. Tinham pessoas com mais de 30 falando sobre esses assuntos com uma linguagem muito limitada que eu não entendia quando tinha 17 anos e por isso não chamava a minha atenção. Por mais que tive privilégios, o dialeto de algumas causas é difícil de entender quando se é novo".
Para Kéfera, os seguidores podem ser beneficiados com vídeos que trazem uma linguagem mais próxima deles: "É por isso que é importante sugerir ideias para as pessoas de uma forma mais acessível e fácil. Com 12, 14 anos, pessoas já me contaram que perceberam situações machistas na escola por conta de um post meu. É uma pessoa que eles têm uma identificação e que não usa uma linguagem mais rebuscada. E quando usa, explica. Diz muito do momento que estamos vivendo e das pessoas estarem mais ligadas em causas como a igualdade de gêneros e outras. Essa geração está vindo com informações que demoraram um pouco mais para nós".
(Com apuração de Patrick Monteiro e texto por Tatiana Mariano)