Karina Bacchi ficou famosa nos anos 2000 graças a novelas lendárias da TV Globo; a mais lembrada personagem é a Tina, de "Da Cor do Pecado" . Quase 20 anos depois e convertida à religião evangélica, ela admite que não tem vontade de retornar aos folhetins. Em entrevista ao "YAHPodCast", publicada em março do ano passado, a ex-atriz afirmou que a falta de identificação com práticas de algumas pessoas do meio artístico a fez perder a vontade de estar neste tipo de produção.
"Desde o princípio, eu não me encaixava com aquele ambiente. As poucas festas que eu fui, eu me sentia um peixe fora d'água. Eu não tinha isso de balada, de sair, de ter aquele período de festinha. Eu não me sentia à vontade naquilo, porque eu já tinha uma essência comigo que não combinava", garante Karina.
Karina ainda relatou uma festa na casa de um diretor, onde ela afirma ter se deparado com atores usando drogas e praticando orgia. "Festas de ir no banheiro rapidinho e quando abrir a porta errada dar de cara com uma mesa com droga, cocaína, um com outro, com três, com quatro... Juro, uma festa em casa de diretor. Chegava lá, via essas coisas e falava: 'não é possível!' Atores que estão na novela. E tudo aquilo foi me tirando prazer de atuar", disse Bacchi, que foi uma das apoiadoras de Jair Bolsonaro nas últimas eleições.
Além de não se sentir à vontade com o que via nas festas privadas, Karina afirmou que também perdeu a vontade de atuar depois que passou a "julgar" as personagens.
"Por mais que seja interessante a gente fazer um personagem, viver outra história, eu comecei a colocar na balança algumas coisas do tipo: esse personagem está dando qual exemplo? Isso está saindo da minha boca, mas é tão feio, eu jamais falaria. Por que num personagem eu vou falar?", indagou.
Casada com Amaury Nunes na época desta entrevista, Karina também apontou a necessidade de ter que fazer cenas de beijo e sexo como algo que a afastou da profissão. "Na Bíblia, a gente vê que Deus não se agrada do adultério. Uma atriz casada que vai interpretar uma cena na qual ela vai ter que beijar, abraçar... Aquilo não é considerado adultério? Acho que estaria sendo contra o que a Bíblia diz. Isso é algo que me conflitou demais", disse.