Alinne Rosa sofreu nova derrota na batalha judicial que trava contra seus ex-empresários. O Tribunal de Justiça da Bahia negou o recurso apresentado pela defesa da cantora que tentava suspender a decisão que bloqueia 49% dos cachês de todos os shows dela para pagar seus antigos agentes. Para o juiz Rolemberg José Araújo Costa, os argumentos apresentados pelos advogados da artista não possuem "relevância jurídica".
"Para a obtenção do efeito suspensivo ativo, deve o recorrente demonstrar, de logo, a existência de fundamentação recursal relevante e do perigo da demora. Na hipótese em exame, a agravante não se desincumbiu de desconstituir os fundamentos da decisão combatida", diz o magistrado na decisão.
Em nota enviada ao Purepeople no início deste mês, o escritório que atualmente cuida da carreira de Alinne Rosa já havia dito que iria recorrer da decisão inicial "com base de que a cantora fora vítima de grave dano à sua carreira e imagem devido à gestão da LCS", empresa comandada pelos empresários Luiz Cláudio Souza, Duilio Monteiro Alves e Marcelo Frisoni, ex-marido da apresentadora Ana Maria Braga. Só que na nota, assim como no processo, não foram especificados quais seriam esse danos citados.
Bloqueio de cachês já vale para o Carnaval
Os antigos empresários de Alinne Rosa entraram com um processo contra ela em outubro do ano passado, logo após a parceria profissional chegar ao fim. Segundo eles, a cantora queria gerir sua carreira sozinha e não estava mais prestando contas de seus shows. Ela também não estaria assumindo outros acordos previstos em contrato.
Os agentes alegam terem investido cerca de R$ 1,5 milhão na carreira solo de Alinne, após ela deixar a banda Cheiro de Amor, e iniciaram o processo para reaver o investimento feito. "Eu e meus sócios só queremos o que investimos. Que ela seja feliz, mas devolva o que é nosso, pois é fruto de muito trabalho de todos", disse Marcelo Frisoni.
Segundo a decisão inicial, o bloqueio de 49% dos cachês dos shows de Alinne acontecerá "até que se alcance o valor próximo do que seria pactuado a título de rescisão contratual (negociados entre as partes)": R$ 550 mil". O bloqueio, inclusive, já é válido para os cachês dos shows de Carnaval. Se a decisão não for cumprida, Alinne Rosa terá que pagar uma multa diária no valor de R$ 10 mil.
Cantora segue com sua agenda de shows
Mesmo com toda a polêmica, o escritório de Alinne Rosa informa que "a artista segue cumprindo sua agenda normalmente, assim como também é assegurada sua apresentação no Carnaval de Salvador", que, este ano, contará com Michel Teló e Anitta, que também está envolvida em uma batalha judicial contra sua ex-empresária e perdeu a primeira disputa.
(Por Anderson Dezan)