Renata Capucci abriu o coração durante o Podcast "Isso é Fantástico" e revelou que foi diagnosticada com Parkinson há 4 anos, quando se apresentava cantando no programa "PopStar", da TV Globo. "Eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido. E o meu marido, que é médico, me levou para um hospital que tinha emergência neurológica e eu fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça", relatou. A revelação aconteceu dias depois Guta Stresser contar ter sido diagnosticada com esclerose múltipla.
Com a voz trêmula, a mãe de Lily, cuja semelhança com a jornalista impressiona, e Diana, explicou o motivo de ter demorado tanto tempo para falar sobre a doença. "Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim. Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública", iniciou a jornalista, de 49 anos de idade.
"Pensei muito sobre este momento. Sabia que ele iria chegar e que vinha na hora certa, quando eu me sentisse exatamente como eu me sinto hoje: forte, confiante e feliz. Não é fácil. Mas não é o fim", pontuou. E garantiu: "Eu estou aqui pra dizer pra vocês que, 4 anos depois, eu tô bem, eu sou feliz. Eu não quero virar mártir, eu não quero que tenham pena de mim. Eu tenho orgulho da minha trajetória, da maneira como eu encaro essa doença. Já passei por todas as fases, da depressão, da negação e hoje eu estou na fase em que eu olho essa doença de frente e falo assim: 'ô seu Parkinson, eu tenho você, mas você não me tem'".
Renata explicou, ainda, como convive com o Parkinson: "Eu faço tudo o que eu posso, de exercício, de remédio. Eu tenho uma vida positiva e eu sou feliz. Eu me sinto feliz apesar de tudo". Ao derramar lágrimas durante seu depoimento, Renata avisou: "Estou emocionada porque eu sou chorona mesmo".
A jornalista assumiu, no entanto, que nem sempre foi assim, mas que aprendeu a lidar com a situação. E fez um pedido: "Eu já senti vergonha, mas hoje eu não me sinto diminuída por ter doença de Parkinson que, aliás, não é um mal. Eu peço a todos que não usem essa palavra, mal, que já tem um estigma negativo muito forte".
Distúrbio do sistema nervoso central, o Parkinson causa danos às células do cérebro, que acabam afetando os movimentos das pessoas portadoras da doença. Os mais frequentes são tremores, rigidez e perda de equilíbrio.