O Dia Internacional da Mulher vai além de uma data para comemoração: nela, devemos refletir sobre a importância da união feminina, da desigualdade de gênero e tantas outras questões que cercam o universo das mulheres. Através do especial "Falas Femininas", a Globo propõe o debate sobre o empoderamento - temática também abordada em diferentes obras literárias.
O especial será exibido nesta segunda-feira (08), após o "Big Brother Brasil 21". A seguir, o Purepeople apresenta 4 motivos que irão fazer você incluir a atração no seu programa deste começo de semana.
O projeto tem formato documental e é estrelado por cinco mulheres reais: uma ambulante, uma diarista, uma slammer, uma lavradora e uma técnica de enfermagem que atua na linha de frente do combate à Covid-19. "A partir de uma câmera documental, sensível e cúmplice, o especial revela ao público e às próprias protagonistas a força e a beleza de suas histórias. Nem elas se viam assim", aponta Patrícia Carvalho, uma das diretoras.
Além de Patrícia Carvalho, o "Falas Femininas" tem Antonia Prado na direção. O poder feminino, aliás, se reflete majoritariamente na equipe. Fabiana Karla é a apresentadora e destaca: "Mulheres nas câmeras, nos bastidores, no figurino, na sonoplastia, na edição, até as motoristas foram mulheres. Acredito que isso tem um valor histórico e simbólico muito importante. É um programa genuinamente feminino. Há um olhar muito feminino e firme sobre tudo".
Depois de conhecer mais sobre cada uma das protagonistas (confira os perfis abaixo), o telespectador vai presenciar uma conversa das cinco mediada por Fabiana Karla. "É sempre valioso escutar a história de uma mulher, principalmente quando essa mulher é forte, é periférica, é negra, é religiosa. E, quando começamos a escutá-las, nos reconhecemos em muitas dessas histórias, nas dores, nas vontades, nos receios, nos desejos, e isso traz sororidade, que é o que queremos mostrar", aponta a global, referência no cenário nacional quando o assunto é autoaceitação.
Outro ponto forte do programa é trazer a diversidade nas personagens escolhidas: as protagonistas são de diferentes idades e partes do Brasil e tem rotinas completamente díspares. Confira abaixo uma breve descrição de cada uma delas e, na galeria, mais fotos do projeto!
Sebastiana do Santos Oliveira, a Tina – Diarista de 47 anos, ela nasceu na Bahia e começou a trabalhar em casas de família ainda jovem. Se mudou para São Paulo após a vinda de um irmão. Na metrópole do Sudeste, faz faxina em casas, empresas e também cozinha para eventos. Tem dois filhos, de 18 e 8 anos, a quem sustentou de modo solo. Parou de estudar na quarta série e, apesar de se considerar uma mulher de fé, diz que não "segue placa", isto é, não tem uma religião.
Maria Sebastiana Torres da Silva – A sanfoneira e agricultora tem de 59 anos e nasceu em São Raimundo Nonato, no Piauí. Descobriu a paixão pelo instrumento musical na infância e, ainda jovem, tocava em casamentos e animar aniversários. Não conseguiu ir à escola pois precisava ajudar a família no roçado. Mãe de nove e avó de 14, começou a estudar em 2019 e tem como maior sonho escrever seu próprio livro.
Gleice Araújo Silva – Baiana de Salvador, a ambulante de 29 anos, é conhecida como Ruana. Casada com um militar e mãe de três meninas, de 6, 5 e 4 anos, ela vende drinks na praia e, fora de temporada, faz encomendas de comidas. Sempre que pode, se dedica à sua religião, o candomblé.
Cristiane Sueli de Oliveira – Auxiliar de enfermagem, a paulistana tem 44 anos e está separada há dois. Ela mora com os quatro filhos (de 23, 18, 13 e 7 anos). No hospital, atua na linha de frente do combate à covid-19. Em seus momentos de lazer, gosta de ir para academia, reunir a família em churrascos e ir à igreja.
Carol Dall – Aos 26 anos, a universitária é nascida em Bonsucesso, e criada em Duque de Caxias. Atualmente, cursa Geografia na UFRJ. Como hobby, escreve poemas e é slammer: durante as batalhas de poesia, expõe seu cotidiano. Está gravando seu primeiro disco de rap e tem a mãe como maior inspiração.
(Por Marilise Gomes)