A Copa do Mundo acabou, mas trouxe grandes exemplos de mulheres anônimas e famosas, além de jornalistas que mostraram toda sua paixão pelo futebol. Apesar de a seleção masculina do Brasil não ter trazido o hexa para casa, em 2019, temos uma nova chance de torcer para um título: vai acontecer em Paris a Copa de Futebol Feminino. Por conta do evento e para comemorar o Dia Nacional do Futebol, nesta quinta-feira (19), o Purepeople apresenta alguns jovens atletas que devem se destacar pela seleção brasileira ao lado de nomes consagrados como Marta, atacante que já conquistou a torcida brasileira, Cristiane e Formiga. Confira a seguir e se inspire!
Ela começou em 2007 no clube paulista Juventus, passou pelo futebol francês e foi a primeira brasileira a ser contratada pelo Barcelona, equipe na qual jogam craques como o argentino Messi. "Foi uma felicidade, pois ter uma jogadora feminina abre portas para ter outras meninas. Foi o que mais me tocou, porque se eu faço uma grande temporada pelo Barça, eles vão querer outras brasileiras e acho que isso é muito importante para a nossa modalidade", afirmou Andressa, destacando a importância da representatividade, em entrevista à CBF TV. Andressa já participou da Copa do Mundo (2015), Jogos Olímpicos (2016), Jogos Pan-Americanos (2015) e está em sua segunda Copa América (2014 e 2018).
Com cinco Copas do Mundo (duas sub-17, duas sub-20 e uma principal), quatro campeonatos sul-Americanos e um Jogos Olímpicos, em Londres 2012 no currículo, Thais atua há cinco anos no futebol coreano e começou no esporte depois de deixar a dança de lado. "Foi engraçado, porque antes eu dançava balé. Minha mãe me colocou com um ano de idade e fiquei até uns cinco, seis. Aí meu pai me colocou na escolinha de futebol. Mas desde sempre a minha paixão era o futebol: eu para o balé, mas chegava em casa ia para a rua jogar com meus primos", contou à CBF TV.
Considerada a "imperatriz" do time, Beatriz foi a artilheira da seleção feminina na Copa América do Chile. Apaixonada por futebol desde a infância, quase foi tirada do time quando estava na escola. "Comecei a jogar com os meninos, dos 8 aos 13 anos. E chegou um período que os pais queriam fazer uma reunião para tirar essa menina, que era eu. O início mesmo foi com os meninos e só com 13 anos fui no Araraquara", contou ao canal da Confederação Brasileira de Futebol. Seis anos depois, começou a jogar no futebol da Coreia do Sul ao lado de Thaisinha, sua amiga de longa data.
A zagueira foi a caçula no heptacampeonato conquistado pelas brasileiras na Copa América. E, no esporte, tem o apoio de sua - grande - família: em casa, são treze irmãos. "São 23, 18 vivos e 4 casados e 13 ainda moram lá em casa, tudo do mesmo pai e da mesma pai. Só um parto foi cesárea, o resto foi normal", contou aos risos a jovem, paranaense de Londrina, ao canal oficial da CBF: "Eles me apoiam muito e são muito orgulhosos de me verem conquistar as coisas".
Natural de Brasópolis, Minas Gerais, a jovem tem o título da Copa América e o vice-campeonato do Pan-Americano de 2011. Na infância, montou um time de futebol na escola com as amigas. "A gente pediu para a professora montar o time, mas ela disse que não teríamos muitas meninas para jogar, e claro, a gente garantiu que se encarregaria disso. Então montamos o time e fomos bem nos campeonatos estudantis", contou Debora, que na época, chegou ao estadual e fez teste para o Saad, time extinto em 89. Atualmente, joga no North Carolina Courage.
Tem quase 10 anos de seleção: com quase 14 anos, foi escalada para a sub-17 e, desde então, passou pela sub-20 até a seleção oficial. Nascida em Roque Gonzales, no Rio Grande do Sul, teve em seu pai, Elizeu Machry, o maior incentivador. "Com menos de cinco anos, eu já acompanhava ele nos jogos e com 5, 6 anos já comecei a jogar na praça com os meninos", afirmou ao site oficial da CBF. Nesse momento, joga pelo time americano Portland Thorns FC e já levou para casa torneios importantes como a Copa América (2014 e 2018), a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos (Toronto, em 2015), o Campeonato Sul-Americano Sub-20 (2012 e 2017), o Campeonato Sul-Americano Sub-17 (2010 e 2012) e o torneio Internacional de Futebol Feminino (2012, 2014, 2015 e 2016).
Meia-atacante, a jovem fez sua estreia na seleção já na Copa América deste ano e se mostrou pé quente, já trazendo o campeonato para casa. Mineira de Belo Horizonte, é considerada uma cria do Atlético-MG e mora atualmente nos Estados Unidos, onde cursa Administração de Empresas e Estudos Gerais na Baylor University, no Texas. "Joguei no Atlético de 2008 a 2012 e tive passagem por pequenos clubes do Mato Grosso do Sul e do Paraná", contou para o canal da CBF na web.
(Por Marilise Gomes)