William Bonner falou sobre os filhos, Laura, Vinícius e Beatriz, em entrevista a Serginho Groisman para o "Altas Horas". Fã de programas em família, o apresentador elogiou o comportamento dos trigêmeos como cidadãos e definiu os herdeiros, frutos da relação com Fátima Bernardes, como "bênçãos na vida". "São muito diferentes um do outro, mas eu tenho, e a mãe deles também, essa convicção, de que são pessoas do bem. São cidadãos legais, desses que a gente quer que o país tenha", comentou.
Durante a conversa, Bonner se mostrou muito orgulhoso das pessoas que os filhos estão se tornando. "Eu diria para você que, nos dias em que nós vivemos, se conseguirmos que os nossos filhos sejam abertos para o contraditório, se eles tiverem a cabeça aberta para ouvir quem deles discorde, se eles tiverem essa tolerância para o diferente, já é uma vitória incrível. Não apenas nossa, mas para a humanidade, para o país e para a sociedade", completou.
William avaliou também o efeito das fake news. "O ataque à mídia, ao jornalismo profissional, às vezes personificando em mim, é o resultado de alguém que não gosta da mensagem e resolveu abater o mensageiro", disse o jornalista. Em maio, Bonner fez um discurso sobre o alto número de mortes por covid-19 e causou um verdadeiro impacto nos telespectadores do "Jornal Nacional". O editor-chefe reclamou que estão desrespeitando a quarentena, levando a pandemia na brincadeira, e disse que a ficha para algumas pessoas só irá cair quando ocorrer um óbito de alguém próximo.
Recentemente, William foi entrevistado no "Conversa com Bial" e contou que está de quarentena desde as eleições de 2018, quando passou a ser uma das vítimas da polarização extrema do país. Segundo ele, muitos dos que antes o aplaudiam agora o xingam, e o oposto também acontece. "Polarização chegou a um ponto em que minha presença em determinados locais públicos era motivadora de tensões. Quando eu percebi isso, percebi isso de maneira ruim, dentro de farmácia. Fui agredido verbalmente, insultado, desafiado", relatou.
Bonner lamentou ainda o alcance inédito dos negacionistas, que considera o maior perigo nacional, e reiterou o compromisso do telejornal. "O que dizer de uma pessoa que inventa um boato dando conta de que uma certa vacina mata ou produz um efeito ruim? Ou, o contrário, alguém que inventa uma informação de que um determinado medicamento está salvando as pessoas? O que é isso senão a maldade?", questionou.
(Por Patrícia Dias)