Juliana Alves e Ernani Nunes organizaram uma festa temática de princesas negras para celebrar os 6 meses da filha do casal, Yolanda, de quem cuidam sem babá. Os registros do momento especial foram feitos pela fotógrafa Sirleide Teixeira e a decoradora Katia Fonseca ficou responsável pelos enfeites da celebração, que reuniu família e amigos. "Festinha das princesas da resistência! Pra comemorar seis meses de puro amor!", escreveu a atriz, usando as hashtags "representatividade importa sim", "somos sementes" e "girassóis".
No Carnaval, Juliana contou que readaptou sua rotina após o nascimento da menina, sempre clicada em momentos fofos pela mãe. "Eu sempre sonhei em ser mãe, então obviamente é a maior prioridade da vida, não tem jeito! E os cuidados com ela são prioridade mesmo. Eu não deixei o carnaval atrapalhar esses três primeiros meses dela. Nos últimos ensaios que eu frequentava mais, ia para a casa da minha irmã que fica a 13 minutos da quadra. Levava tudo que precisava levar para fazê-la dormir desde a banheirinha do banho. Minha mãe engajada com possibilidade dela acordar e aí ter meu leite... Então, eu tirava meu leite, minha mãe estava com a mamadeira caso precisasse. Mas nós sempre conseguimos fazer a Yolanda dormir antes da hora de eu sair. Eu reservava um tempinho para ela dormir antes, daí, como a casa da minha irmã é muito perto da quadra, eu ia e voltava e ela estava dormindo", explicou a rainha de bateria da Unidos da Tijuca em entrevista anterior.
Em outra ocasião, Juliana esclareceu que não ganhou o posto na escola de samba carioca por causa da fama. "Minha relação com a escola é de comunidade. Eu não sou uma rainha celebridade. Fiquei três anos sem desfilar e em 2012 saí na Vila Isabel com meu pai em uma ala de amigos do Martinho da Vila. Fui de bata, calça e sapatilha. Não queria chamar a atenção da imprensa e foi uma delícia. Só que depois eu percebi: 'Pera aí, estou abrindo mão do que amo fazer, da minha cultura, porque me rotulam?' Não estava certo. Eu tinha que fazer o contrário, ir lá para ocupar esse espaço que era meu. Posso ser atriz e sambista. Vou vivenciar isso acima de tudo, sem deixar que me oprimam".
(Por Patrícia Dias)