Fernando Kawasaki arrebatou muitas inimizades durante sua participação no "MasterChef Brasil" , da Band. Aos 29 anos, o paulista foi eliminado do reality show com um sermão de Erick Jacquin e precisou abaixar a cabeça diante das palavras do jurado. Fora da competição, ele conta ao Purepeople que está longe de ser o vilão pintado na tela da TV e garante que pode, sim, ser uma pessoa bem diferente.
"Na minha rotina não sou assim, nunca fui. Ali eu estava dentro de uma competição e acabam generalizando um pouco. Eu entrei com o objetivo de mudar de vida, abandonar meu emprego. São 10 anos de mercado publicitário. Uma mudança de vida assim engloba muita coisa. Acabei ficando muito focado e me expressei mal algumas vezes", defende-se.
Fernando não imaginava tamanha repercussão com seu posicionamento no reality. Acompanhando as redes sociais, ele diz que precisou de um tempo para sentir o verdadeiro termômetro dos fãs.
"Acho que todo reality precisa ter o mocinho, o coitado, o vilão. São personagens criados. Quando comecei a ver as coisas na internet fiquei assustado. Confesso que tive medo da reação das pessoas na rua, fiquei apreensivo. Mas essa experiência toda serviu como amadurecimento. Todos os comentários na web me fizeram repensar algumas atitudes", pontua.
Publicitário admite: 'Sou apenas um principiante, um cozinheiro que precisa estudar mais'
Surpreendentemente, a receptividade do público não poderia ser melhor após sua eliminação. Depois de uma polêmica participação, Fernando só tem motivos para sorrir. "A galera está me recebendo muito bem. A rua é diferente da internet, ainda bem. Até hoje ninguém nunca me abordou de forma rígida ou agressiva, como acontece nas redes sociais. Na rua você pode lidar diretamente com as pessoas, olho no olho. E os fãs do programa conseguiram me ver melhor, da forma como sou de verdade. Estou me surpreendendo todos os dias".
Fora da corrida pelo grande prêmio, o paulista agora tenta reajustar a carreira, abandonar de vez o emprego numa produtora musical e viver apenas de arte de cozinhar. Enquanto isso não acontece, ele toca um projeto ao lado de ex-participantes como Aritana e Gustavo - assim como Lucas Furtado, que espera ansioso para começar o estágio no restaurante de Paola Carosella .
"Fazemos a comida na rua, para todo mundo ver. É uma forma de aproximar as pessoas. Também já participamos do 'Chefs Especiais', um projeto lindo voltado para crianças com síndrome de Down'. Estamos batalhando. Sou apenas um principiante, um cozinheiro que precisa estudar mais e adquirir experiência", conta sobre o projeto que foi apresentado por Henrique Fogaça . Por ter uma filha especial, o jurado já se emocionou ao falar sobre o caso no programa e disse em entrevista que é muito sentimental, verdadeiro "coração mole".
'Acho que o ego dele é maior que o meu", brinca sobre o jurado Jacquin
É Fogaça, aliás, o grande ídolo de Fernando. De todos os jurados, ele pontua que o tatuado com cara de poucos amigos é seu preferido. "Ele sempre foi o mais acessível e me identifiquei muito. Temos a mesma história, essa coisa de querer mudar de ramo para trabalhar com o que gostamos de verdade. E ele é mais rock and roll também. Tem cara de bad boy, mas o coração dele é o maior de todos. De todos os comentários, os dele sempre foram os mais construtivos".
O aspirante a chef de cozinha também conta que não ficou incomodado com as palavras de Jacquin, quando o francês afirmou que ele deveria repensar seu temperamento. "Não fiquei chateado de forma alguma. Na verdade, eu até concordo. Ele é chef, tem anos de estrada. Jamais deixaria um conselho dele para trás. Vou levar isso para vida. Mas também acho que o ego dele é maior que o meu, não é?", questiona aos risos.
(Por Naiara Sobral)