Rainha Elizabeth II deixou duas cartas escritas em seu leito de morte, em setembro de 2022. A revelação foi feita no livro "The Making of a King: King Charles III and the Modern Monarchy", do biógrafo real Robert Hardman, cujos primeiros trechos foram revelados pelo tabloide Daily Mail.
Segundo a obra, Elizabeth, cujo velório custou centenas de milhões aos cofres públicos, escreveu uma carta para o filho, o então Príncipe Charles, e outra para o seu assessor de confiança. Os escritos só foram descobertos depois que a monarca já havia falecido.
Funcionários seniores da monarca estavam em conversas sobre como seriam os dias seguintes à morte da Rainha, quando foram surpreendidos com a chegada da caixa vermelha, aquela onde ela compartilhava documentos secretos, entre eles, cartas para ministros e correspondências de representantes da Commonwealth.
Foi, justamente, nesta caixa que foram encontradas as cartas para Charles e o assessor de confiança. "Foi a última caixa que foi até a Rainha antes de sua morte. Como todas as caixas vermelhas, ela tinha apenas duas chaves, uma para o monarca e outra para seu secretário particular", diz o trecho do livro.
Sobre o conteúdo, o biógrafo real defende que nunca será descoberto pelo público. "Provavelmente nunca saberemos o que eles disseram. No entanto, é bastante claro que a Rainha sabia que o fim estava próximo e planejou adequadamente. Foram instruções finais ou despedidas finais? Ou ambos? Elizabeth II estava concluindo seus últimos assuntos inacabados", destaca Hardman.
Na caixa vermelha, Elizabeth, que almejava que a paz reinasse entre o neto, Príncipe Harry, e a família, também teria informado sua lista de candidatos para ingressar na Ordem do Mérito. Este foi considerado o último dever real da monarca.
"A Rainha sempre levou isso muito a sério. A papelada foi entregue a ela dois dias antes para que ela pudesse ler as anotações e marcar suas escolhas. Aqui estava, concluído e devolvido para Sir Edward tomar as providências necessárias. Foi o último documento manuseado pela Rainha Elizabeth II. Mesmo em seu leito de morte, havia trabalho a fazer. E ela fez isso", diz o livro.